Política
Bahia pode perder R$100 milhões
Lílian Machado
Tribuna da Bahia
O deputado federal Nelson Pelegrino (PT), líder da bancada baiana no Congresso, chamou a atenção do governo ontem sobre a possível rebelião da base no Legislativo, caso não seja liberado um prazo adicional de 90 dias para validação de emendas parlamentares que podem englobar um valor de 4,6 bilhões, e devem servir para investimentos em projetos em todo o país. Segundo ele, caso o governo mantenha a disposição de não prorrogar o prazo para as emendas de 2009, que vence amanhã, a Bahia pode perder mais de R$ 100 milhões, que poderão ser injetados em obras importantes, como a revitalização de estradas, para requalificação de mercados como o do Rio Vermelho e de Paripe e ainda para projetos de mobilidade urbana. O apelo foi feito durante reunião com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati. Em conversa com a Tribuna, o petista disse que a bancada está “preocupada e lutando para que haja uma ampliação do prazo”. “É preciso prorrogar para que haja tempo para fazer as licitações e fazer as obras dentro do prazo”, justificou. Ainda conforme Pelegrino, pelo mesmo motivo, a Bahia perdeu cerca de R$ 120 milhões das emendas de 2007 e 2008. Pelegrino contou que nada foi assegurado, mas que a ministra prometeu defender os deputados junto ao governo que segundo ela, examinaria a questão. Já a presidente Dilma Rousseff, durante almoço com a bancada do PDT no Senado, pediu aos senadores que não intensificassem a pressão pela prorrogação do decreto sobre os restos a pagar, numa sinalização de que deve manter o prazo. Na segunda-feira, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que “a tendência do governo” é não prorrogar o decreto. Assinado pela presidente Dilma no dia 29 de abril, o decreto preservou as obras que estão em andamento relativas a 2007 e 2008 e fixou prazo até 30 de junho para que as obras e serviços com base nos restos a pagar de 2009 tenham início. A prorrogação deste prazo é um apelo dos líderes da base aliada para evitar o cancelamento de obras nos municípios.
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