terça-feira, 7 de junho de 2011

Encontro na Assembleia Legislativa discute situação do sistema ferry-boat


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Não posso conter minha indignação em ouvir da TWB Bahia que os ferries são antigos. A empresa não pode dizer isso, pois tinha conhecimento do que estava assumindo quando assinou o contrato de concessão para exploração da travessia Salvador-Itaparica.
A TWB não pode negar o serviço que a população merece e exige.

A declaração é do diretor executivo da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), Eduardo Pessôa, em debate sobre o sistema ferry-boat promovido hoje (7) pela Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa, que reuniu ainda o chefe de Gabinete da Secretaria de Infraestrutura, Marcos Cavalcanti, dirigentes da TWB e representantes da ilha de Itaparica. O encontro foi coordenado pela presidente da comissão da AL, deputada Ângela Sousa.

SÃO JOÃO

Depois de fazer um breve histórico da exploração da travessia Salvador-Itaparica, o diretor executivo da Agerba afirmou que é um momento de crise séria, pois hoje só há apenas três ferries operando. Observou que a TWB terá que informar à Agerba, até a próxima segunda-feira, com quantas embarcações vai operar no período do São João.

Citou que ainda esta semana será assinado o contrato para a realização de uma consultoria para avaliar o contrato realizado entre o Estado e a TWB, que está completando cinco anos. A primeira fase dos trabalhos deverá ser concluída em 120 dias. Aí, vamos chamar a TWB para discutir uma nova modelagem de contrato, e ela terá que se adequar, disse.

Lembrou que já foi concluída a sindicância sobre o acidente com o ferry Anna Nery, que jogou ao mar o carro do delegado José Magalhães no dia 16 de fevereiro, durante atracação no Terminal de São Joaquim, e que a TWB já recebeu o prazo para explicar-se. O que houve foi um acidente, e não um incidente, acentuou.

Eduardo Pessôa afirmou que não é desejo do Estado, no momento, suspender os serviços da TWB. A principal arma que temos é a multa, e ela está sendo aplicada. Citou que a TWB já foi multada em R$ 430 mil este ano e que já pagou R$ 382 mil de multas anteriores.

O chefe de Gabinete da Seinfra, Marcos Cavalcanti, disse que temos que construir um novo modelo, lembrando a importância da Lei do Transporte Hidroviário, já sancionada pelo governador Jaques Wagner, que estará regulamentada até a primeira semana de julho. O Plano de Transporte Hidroviário do Estado Bahia montará um novo arcabouço no setor.



INVESTIMENTOS DA TWB

O diretor da TWB Bahia, Reinaldo Pinto dos Santos, afirmou que os problemas precisam ser resolvidos e nós, nas condições existentes, estamos fazendo o máximo.

Depois de apresentar um histórico do sistema ferry-boat, afirmou que já operamos dezenas de travessias no Brasil e já construimos centenas de embarcações. Disse que a TWB já investiu R$ 118 milhões em cinco anos, investimentos que não são suficientes para o serviço que a população reclama e merece.

Informou ter apresentado um plano de investimentos ao Estado e defendeu a elevação da tarifa e a subvenção estatal ou a ampliação dos serviços, a exemplo da linha para Morro de São Paulo e linhas turísticas.

Ascom/Agerba 

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