sábado, 4 de junho de 2011

Transportes de massa para Salvador

MODAL ‘PROGRESSIVO’ é OPÇÃO PARA SALVADOR I

Enquanto o “Ba-Vi” entre VLT e BRT é travado nos bastidores políticos e empresariais, um dos sete projetos apresentados ao Governo da Bahia para a Proposta de Manifestação de Interesse (PMI), que definirá o tipo de transporte de massa que vai interligar a capital a Lauro de Freitas, corre por fora e é defendido por especialistas em mobilidade urbana. Trata-se do Sistema Integrado Metropolitano (SIM-Salvador), baseado na progressão modal, de responsabilidade do grupo Prado Valladares. De acordo com a urbanista e arquiteta Tânia Scofield, que coordena o projeto, a escolha de um modal não foi o principal objetivo do grupo de trabalho. “Buscávamos uma solução para a questão da mobilidade em Salvador que desse conta de suas peculiaridades, que fosse viável e exequível com os recursos disponíveis e, principalmente, contribuísse para uma mudança na cultura individualista do automóvel”, argumentou. Segundo ela, apesar de os estudos indicarem que um metrô na região da Paralela é atualmente injustificável, pois ficaria ocioso em boa parte do tempo da operação, daqui a 15 anos isso mudará, e é preciso um projeto que permita essa mudança. “Em não mais de 15 anos o metrô será indispensável. Por isso, optamos pela progressão: começa-se com o BRT elétrico – que funciona com energia limpa, não polui e não emite CO2. O Trolebus elétrico tem uma vida útil três vezes maior que o convencional a diesel e é biarticulado, possibilitando transportar 240 passageiros por veículo. Quando for necessário, faz-se a migração do sistema, sem desperdício do capital que será investido agora”, explicou.



MODAL ‘PROGRESSIVO’ é OPÇÃO PARA SALVADOR II

O engenheiro civil João Campos, que também defende a implantação do projeto de modal denominado SIM-Salvador (ver aqui), explica que toda a ideia foi concebida prevendo a migração para o metrô, que em 15 anos deve ser interligado em toda a capital baiana. “O raio com que as curvas foram projetadas, as suaves inclinações necessárias ao longo do trajeto, toda a estrutura foi projetada para ser compatível com as exigências do metrô”, salientou. Entre as vantagens da progressão, o engenheiro também destaca o fato de não haver desperdício de investimento no momento da implantação do futuro modal. Apesar de mais emblemática, a progressão modal não é a única peculiaridade do SIM-Salvador, conforme os defensores do conceito. Das sete Propostas de Manifestação de Interesse (PMI) apresentadas ao governo, ela é a que tem maior extensão. Abrange as linhas Iguatemi – Lauro de Freitas; Iguatemi – Acesso Norte (interligada ao metrô) – Calçada (interligada com a ferrovia); Iguatemi – Lapa.
De acordo com a proposta, ao todo, são 40 km de novas vias completamente independentes das ruas da cidade, com impactos mínimos na sua implantação.
Apesar de sua extensão, o SIM-Salvador não é mais caro que os outros sistemas.
Está orçado em cerca de R$ 2,4 bilhões.



MODAL ‘PROGRESSIVO’ é OPÇÃO PARA SALVADOR III



Diferentemente da maioria das propostas apresentadas ao Governo, a exemplo de BRT e VLT, o Sistema Integrado Metropolitano (SIM-Salvador) não foi desenhado para ocupar o canteiro central das avenidas em que seria instalado. O trajeto segue pela lateral, ora de um lado da via, ora no lado oposto. Essa concepção (ver aqui e aqui), de acordo com os projetistas, dispensa a implantação de passarelas para acessar o sistema e permite, já que não é linear, pequenas curvas para dar acesso às áreas de maior demanda do percurso.
O projeto também pretende contemplar, além da passagem do BRT/Metrô, vias para deslocamento de bicicleta e de pedestres, simultaneamente.
Ambas seriam suspensas.

Fonte:Bahianoticias

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