Em verdade só há uma solução...A construção da Ponte de Salvador a Itaparica

Espera é de até 7 horas na fila - Ferry Boat

Naira Sodré - Tribuna da Bahia

Em uma temperatura de mais de 31 graus, de baixo de sol escaldante, uma fila interminável de carros, espera pelo momento de embarcar em um dos três ferries que continuam fazendo a travessia Salvador – Ilha de Itaparica.

A fila de veículos, ontem pela manhã já estava na Rua Barão de Cotegipe, na altura do Largo dos Mares.

Previsão de aumento do número de embarcações, não existe, diz a Agerba. Os quatro ferries prometidos para agilizar a travessia, continuam em manutenção e sem previsão de retorno para o fim de ano.

Segundo a Agerba a espera é de quatro horas. Segundo os passageiros é bem mais: Chega a sete horas. “Baiano gosta de sofrer”, diz a professora Maria Aparecida de Souza Bastos. “Prefere enfrentar a fila do Ferry Boat do que ir pela estrada”, acrescentou.

“O pior de tudo, é que não se pode nem tomar uma cervejinha gelada enquanto se espera, porque os agentes da Transalvador estão de bafômetro em punho na entrada do ferry, para flagrar os mais desavisados”, comentou o engenheiro Antonio Dias e Silva. De férias, ele só pensa em curtir o réveillon na Ilha. “Pra mim, tudo está bem”, comentou rindo.

Enquanto isso, a fila imensa de carros provocava engarrafamento em toda a Cidade Baixa, atingindo inclusive o Viaduto dos Motoristas. “É preciso muita paciência”, comentou a dona de casa Laura dos Santos Azevedo. Segundo ela, a família entrou na fila do ferry às 5h da manhã e até às 10 horas, não tinha conseguido chegar ao pátio do sistema de embarcação

Apenas três ferries (Ivete Sangalo, Anna Nery e Maria Bethânia) continuam realizando a travessia entre Salvador e Itaparica. No “feriadão” do Natal, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), havia prometido o retorno dos quatro embarcações, que estão em manutenção, o que ainda não aconteceu e provoca transtornos à operação do sistema. Até o momento, os pedestres conseguem embarcar sem grandes transtornos, além da espera.

O engenheiro agrônomo Antonio Carlos Ferreira chegou ao terminal às 7h30 e às 11h30 ainda não tinha conseguido embarcar. “Se soubesse que estaria assim, teria ido por terra”, reclamou. A economista Maria do Carmo Oliveira, que já estava há mais de cinco horas na fila, disse está acostumada com o grande fluxo de carros em períodos de festa. “É sempre essa confusão”. Nos últimos dias o sistema ferryboat transportou 70.942 pessoas e 8.791 veículos.

Esquema especial

Embora esteja tranqüila, a partir de hoje, dia 28, a travessia Salvador-Mar Grande começa a operar com esquema especial, visando o atendimento de milhares de pessoas que vão passar o Réveillon na Ilha de Itaparica e em cidades vizinhas. A expectativa da Astramab (Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia) é de que o movimento de saída da cidade se intensifique logo no início da manhã desta sexta-feira.

“O usuário vai contar com 13 embarcações, horários de 15 em 15 minutos ou até a cada 10 minutos, conforme a demanda”, afirmou Jacinto Chagas, presidente da Astramab. Hoje a travessia de Mar Grande atenderá até as 20h, em Salvador, e até as 18h30, de Mar Grande para a capital.

Para quem pretende passar os festejos do Ano Novo em Morro de São Paulo, a Astramab recomenda a compra antecipada de passagens. Para hoje e amanhã (28 e 29), por exemplo, existem poucas vagas nos catamarãs e lanchas rápidas. Os horários de saída de Salvador são às 8h30m, 9h, 10h30m, 13h30m e 14h e as partidas do Morro de São Paulo são às 9h, 9h30m, 12h30m e 15h O preço da passagem é R$ 75.

Já as escunas que fazem o tour pelas ilhas da Baía de Todos os Santos estão sendo bem requisitadas para o Ano Novo, principalmente por turistas. O passeio inclui paradas para banho de Mar em Ilha dos Frades e em Itaparica e retornam às 17h30 a Salvador. A tarifa custa R$ 40.

Pensargrande diz: 

A espera, com grandes filas de veículos para fazer a travessia de São Joaquim a Bom Despacho, na ilha de Itaparica não é de agora, é de muitos e muitos anos e realmente só há uma solução definitiva que é a construção da Ponte de Salvador a Itaparica, obra integrante do Sistema Viário do Oeste, que conta com um grande empenho de Jaques Wagner, Walter Pinheiro e outras personalidades da sociedade baiana. 

É questão de tempo sua construção e urge medidas para a sua consumação.