quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ANTOINE TAWIL - PRESIDENTE DA CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DA BAHIA




 
BAHIA ECONÔMICA  – Qual a sua expectativa para as vendas desse final de ano em relação às vendas do mesmo período do ano passado?

ANTOINE TAWIL
- Estamos, como sempre, animados com as vendas de Natal e fim de ano. Esse é o período mais importante de vendas no calendário do varejo. Para este ano, projetamos um crescimento no Estado acima de 8% na comparação com o mesmo período do ano passado.


BE – O que o senhor achou da desoneração do varejo feita pela presidente Dilma?

AT
: A desoneração da folha para o setor é uma medida acertada da presidente Dilma, dá um alívio ao empresário do varejo e possibilita algum investimento em infraestrutura e no quadro funcional. Num país em que somos tão sacrificados por uma carga tributária excessiva, qualquer iniciativa para aliviar o empresário é bem vinda e deve ser comemorada.


BE – O fato de a desoneração só começar em abril de 2013 não fará com que o trimestre seja muito fraco?

AT
- Esperamos que não. É preciso ser realista neste momento, sabemos que internamente estamos num momento de cautela, e o cenário internacional continua preocupante. Acreditamos muito que as medidas da parte do governo devem ser implementadas em conjunto. E há ações que o governo não pode deixar de lado como investir em infraestrutura básica e redução da carga tributária, por exemplo.


BE – O Governador Jaques Wagner vem aumentando os impostos como forma de recuperar as perdas na arrecadação. O senhor acha quer isso tem impacto negativo na economia? Como o senhor vê essa medida?

AT
- Entendemos que o governo precisa de recursos para fazer o seu trabalho, mas aumento de impostos é sempre nocivo. Na verdade, temos insistido muito que o país padece por causa da ausência de uma ampla reforma tributária, com justiça fiscal, que melhore a qualidade e a distribuição da carga tributária entre os contribuintes.


BE – Recentemente, o portal Bahia Econômica divulgou dados do IBGE mostrando que o PIB de Salvador foi superado pelo PIB de Fortaleza. A que o senhor atribui isso?
AT: A situação de Salvador é realmente muito grave em diversos sentidos. Vamos precisar empreender esforços e nos unir para que a cidade retome seu crescimento, volte a ser motivo de orgulho para seus habitantes e também para os turistas que nos visitam. É uma pena que estejamos passando por isso, mas quero crer que temos condições de iniciar um novo momento. O início de um novo governo será também uma nova oportunidade para Salvador. Todos nós temos obrigação de contribuir com a cidade.


BE – Salvador poderá voltar a ser a maior economia do Nordeste?

AT
- Não tenho dúvida disso. Temos todas as condições para ser destaque regional e até nacional. Obviamente, isso vai exigir muito trabalho e sabemos que essa não é tarefa apenas do poder público, todos podem e devem participar.


BE – Quais as suas perspectivas em relação ao crescimento do varejo em 2013 e à economia como um todo?

AT
- Temos boas perspectivas, acho que será um ano bom. A presidente Dilma tem mostrado sensibilidade com a condução da economia, há uma preocupação grande em não errar, não tomar medidas heterodoxas. Temos potencial para crescer, estamos numa região bastante promissora, o Nordeste tem crescido mais que o Brasil, na média. Do outro lado, 2013 é o ano da Copa das Confederações no Brasil. Teremos a conclusão de obras importantes, estamos mais próximos da Copa do Mundo. Vamos trabalhar para que seja um ano melhor que foi 2012 e que continuemos em crescimento.

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