quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Wagner precisa ser Ministro para o bem da Bahia

A era Wagner


A Bahia, nesses últimos oito anos, viveu muitas transformações. Com a chegada do Partido dos Trabalhadores ao governo em 2006, deu-se início a uma revolução democrática. Revolução nas prioridades da gestão, no novo modelo de desenvolvimento e na forma de fazer política. Maior líder do projeto, Wagner deixa um legado de realizações profundas para a Bahia neste início de século.

Comecemos pela marca mais notória desse novo tempo: a democracia. Na nossa terra, antes de Wagner, reinava o autoritarismo. Os poderes não eram autônomos e tampouco havia plena liberdade de expressão e de imprensa. A Bahia não era republicana. Esse foi o desafio enfrentado e vencido. Hoje temos um ambiente que permite a circulação de opiniões e contraditórios. As manifestações populares são aceitas. Judiciário, Legislativo, Ministério Público e imprensa funcionam livremente.

A Bahia de 2006 ostentava inaceitáveis indicadores sociais em todas as áreas. Os benefícios da água, do esgotamento, da energia, da casa pra morar ou mesmo da alfabetização, não tinham chegado para milhões de baianos, especialmente os que moram no campo. Não havia outra escolha para o novo governo, senão inverter as prioridades de outrora e fazer mais pra quem mais precisa.

Em parceria com o governo federal, investiu-se em infraestrutura social com a implantação e/ou ampliação de programas de largo alcance na Bahia profunda. O TOPA, campeão nacional de alfabetização. Água para Todos, referência no Brasil, com mais de seis milhões de beneficiados. O Casa da Gente, ao lado do Minha Casa Minha Vida, bateu todos os recordes na habitação. Vida Melhor, ampliação do Garantia Safra e o Mais Alimentos beneficiaram a agricultura familiar. Cinco novos hospitais, a expansão do SAMU e o Saúde em Movimento, levam saúde pra mais perto das pessoas. Novas universidades e educação profissional no interior e na capital. O maior choque de política sociais da história da Bahia.

Um novo modelo de desenvolvimento, unindo o crescimento econômico com a inclusão social foi implantado. Na era Wagner, a Bahia avançou na redução da pobreza e da miséria, o PIB cresceu acima da média nacional e foram gerados, quase, 600 mil empregos formais. Além das políticas sociais, essa performance está associada a retomada das ações em infraestrutura/logística e a atração do investimento privado.

O atraso e a defasagem das nossas estradas, portos, aeroportos, ferrovias e mobilidade foram enfrentados, junto com o governo federal. São mais de oito mil km de estradas recuperadas; o aeroporto de Salvador modernizado, o de Feira de Santana em operação e o novo de Vitória da Conquista em construção; a ferrovia oeste-leste virando realidade de Caetité a Ilhéus, que também vai abrigar o porto sul. Tudo isso dando lastro para a interiorização do desenvolvimento.

Moradia de 80% dos baianos, o interior recebeu merecida implantação de novos investimentos. A mineração e os parques eólicos geram, agora, emprego e renda pra o sertanejo; um polo de bebidas se consolidou em Alagoinhas; a indústria naval ressurge no Recôncavo; o polo petroquímico de Camaçari dobrou sua planta; no Oeste, os investimentos no agronegócio ampliados. Setenta grandes empresas se instalaram na Bahia, espalhando oportunidades pra todas as regiões.

Na capital, o metrô finalmente entrou nos trilhos. Além dele, obras essenciais como a Via Expressa, complexo de viadutos no Imbuí, no Aeroporto, e outros dois corredores viários, ligando a Orla ao Subúrbio, que vai ter VLT no lugar do trem, projetam uma modernização histórica no transporte público. Investimentos superiores a R$ 10 bilhões!

A era Wagner entra pra história como o início de um virtuoso ciclo de progresso na Bahia, aliando desenvolvimento, com democracia e inclusão social.  A Revolução Democrática quebrou todos os paradigmas e inaugurou uma nova Bahia, mais próspera e menos desigual. Maior líder político baiano, com inédita eleição e reeleição em primeiro turno, por ter feito seu sucessor também em turno único, Wagner passa a integrar a galeria dos notáveis da política brasileira.  E deixa ao novo governador, Rui Costa, uma herança bendita de um grande portfólio de projetos estruturantes para uma Bahia moderna. 

* Robinson Almeida é suplente de deputado federal pelo PT e ex-secretário de Comunicação Social da Bahia
Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

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