Réus da Odebrecht citam
Alckmin como recebedor de caixa dois
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Ao Minuto 4 horas atrás
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, até agora invulnerável às
denúncias de corrupção, tem problemas pela frente. A reportagem do Valor
mostrou que a delação de três executivos da empreiteira Odebrecht
citou Alckmin como beneficiário de caixa dois, pelo contrato da Linha 4 do
Metrô.
Os delatores relataram aos investigadores da Operação Lava Jato nomes
de supostos arrecadadores de caixa dois que teriam captado recursos e os
destinado, ao menos em parte, ao abastecimento de campanhas eleitorais do
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Cada arrecadador contaria com
um esquema próprio de atuação, entre os anos de 2002 e 2010.
Ao explicar o significado dos apelidos e valores vinculados a contratos
de obras públicas que constam da contabilidade do Setor de Operações
Estruturadas da Odebrecht — espécie de divisão da propina revelada pela
secretária da empresa Maria Lúcia Tavares —, os delatores do grupo empresarial
confirmaram aos procuradores que o codinome “santo” se trata do apelido usado
para se referir a Geraldo Alckmin.
Ouvida pelo jornal, a assessoria do governador deu
a resposta-padrão. "Todas as doações foram contabilizadas", teriam
respondido.
Foto: Lula Marques / Agência PT
Na tentativa de estancar mais uma crise, que culminou na queda de Geddel
Vieira Lima da Secretaria de Governo, o presidente Michel Temer afirmou em
reunião com aliados nesta sexta-feira (25) que vai vetar qualquer proposto do
Congresso para anistiar o caixa dois. De acordo com o jornal O Globo, a medida
é uma forma de criar uma agenda positiva para o governo e representa um recuo
de Temer em relação ao sinalizado a interlocutores menos de 24 horas antes,
quando dizia que o texto aprovado pelos parlamentares seria sancionado
integralmente, independentemente de estabelecer ou não anistia a crimes. Em
vídeo postado nas redes sociais, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), líder do
partido na Câmara, afirmou que Temer o autorizou a anunciar para população que
vai barrar a proposta de anistia. “Caso o Congresso Nacional venha a aprovar
qualquer tipo de anistia, não só o caixa dois, mas qualquer outro crime, o
presidente Temer vetará imediatamente”, disse Rosso. Ainda segundo a
publicação, a Procuradoria-Geral da República vai chamar o ministro da Casa
Civil, Eliseu Padilha, para explicar a suposta participação dele na articulação
para pressionar o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, a liberar a obra do
Edifício La Vue, em Salvador, onde Geddel tinha contrato de compra e venda de
apartamento. Logo depois, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai
estudar se pede ao Supremo Tribunal Federal abertura de inquérito para
investigar Padilha. Caberá também a Janot analisar se há indícios suficientes
para estender a Temer uma eventual investigação. Em depoimento à Polícia
Federal, Calero acusou Temer, Padilha e Geddel de pressioná-lo a contrariar
parecer técnico do Iphan e autorizar a retomada das obras do La Vue, ou a
transferir a decisão sobre a questão do patrimônio histórico para a
Advocacia-Geral da União (AGU).
Fonte:bahianoticias
Em Curitiba, presidente da Câmara descarta
anistia e responde Moro
Publicado: 25, novembro 2016 ás 21:40
Postado por: Roger Pereira
foto de Narley Resende
Por Narley Resende
O presidente da Câmara Federal,
Rodrigo Maia, do DEM do Rio de Janeiro, disse, nesta sexta-feira, em Curitiba,
que a saída do ministro Geddel Vieira Lima é uma perda política para o governo.
Maia reconhece um erro de Geddel, mas manteve as críticas ao ex-ministro da
Cultura Marcelo Calero. Apesar de indícios de que Calero não gravou o
presidente Michel Temer, segundo ele, o pressionando para que encontrasse uma
solução para o prédio embargado em Salvador pelo Iphan em que Geddel tem um
apartamento, Maia acredita que o presidente foi realmente gravado.
“Tenho convicção que ele enloqueceu.
É uma questão gravíssima, gravar o presidente da República. Eele enloqueceu,
errou, é claro que o ministro Geddel também errou e sua saída é importante para
virar essa páginas, mas continuo achando que gravar o presidente da República é
o melhor instrumento para enfrentar um processo em que você acha que há
ilegaldiade por parte de outro ministro”, disse.
Envolvido em acusações de tráfico de
influência para liberar a obra de um prédio onde comprou um apartamento, em
Salvador, o ministro Geddel Vieira Lima pediu demissão do cargo nesta
sexta-feira (25). A demissão chega um dia após ser tornado público o depoimento
do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal em que ele acusa o
presidente Michel Temer e o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, de também o
terem pressionado para interceder em favor da obra ligada a Geddel. As
conversas foram gravadas por Calero.
Sobre a votação do pacote
anti-corrupção que foi adiado para a próxima terça-feira, Rodrigo Maia afirma
que não existe anistia para Caixa Dois porque o crime ainda não existe. Ele
ressalta que uma anistia só poderia existir se a prática já fosse crime. “Não
há anistia. A tipificação do crime de caixa 2 não existe. Então, se está se
tificando, é porque não existe crime para trás. Essa anistia não é concreta.
Não haverá apoio a nenhuma anistia que não seja a tipificação do caixa 2. Não
tem como anistiar. Se houver anistia é para outros crimes. E, daí, é muito grave
e não vai se deixar passar uma proposta neste sentido”.
Nesta semana, o juiz Sérgio Moro
divulgou uma nota se dizendo preocupado com os possíveis impactos da votação de
terça-feira nos processos em andamento. Moro, responsável pelos processos da
Operação Lava Jato, disse que “toda anistia é questionável, pois estimula o
desprezo à lei e gera desconfiança”. Rodrigo Maia disse que a nota de Moro fala
em fatos não comprovados. “Nã otenho que dar resposta ao juiz Sérgio Moro. Eu
li a nota. Ele fala de fatos não comprovados ainda, informações não conretas.
Vamos esparar as informações concretas e aí ele solta uma nota em cima de
textos aprovados. Os procuradores daqui estão muito distantes. Um que foi lá
esta semana e conversou comigo, disse o mesmo que eu disse, que a tipificação
do caixa 2 significa que não havia crime”.
Rodrigo Maia esteve em
Curitiba para participar de um encontro partidário promovido pelo PPS. Entre as
discussões do evento está um debate sobre a PEC 241, aprovada na Câmara, e que
será votada com o nome de PEC 55 no Senado, em primeiro turno, na próxima
terça-feira. A proposta congela gastos primários da União por 20 anos. Na
última quarta-feira, após acordo de lideranças de partidos na Câmara, Rodrigo Maia
adiou a votação do pacote anticorrupção também para terça-feira.
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