Crise no governo
- Em conversa gravada
por Calero,Temer diz ter sido inconveniente com ministro.
- Oposição anuncia novo
pedido de Impeachment contra Temer.
-Calero “ Não podemos
mais tolerar a esculhambação que é a política”.
Projeto sobre abuso de
autoridade
-Cármen Lúcia diz que “judiciário
sofre ataques.
- “Juiz sem independência não é juiz”, diz presidente do STF.
Foto: STF
A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal nesta
terça-feira (29) as gravações feitas por Marcelo Calero, ex-ministro da
Cultura, no caso La Vue. A PF fez uma análise do material para saber se os
áudios eram nítidos e se sofreram alguma edição. O material contém conversas
com autoridades em ligações telefônicas, captadas por Calero com um gravador
digital, de acordo com a Folha. A ferramenta também foi entregue à Polícia
Federal. Entre os gravados estão o presidente Michel Temer, em uma ligação
apontada como protocolar; o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha; e o
assessor jurídico da Presidência, Gustavo Rocha, que teria ligado para Calero
com a intenção de orientá-lo quanto ao caso do La Vue. O condomínio que seria
construído na Ladeira da Barra, em Salvador, foi o motivo da demissão de Calero
do Ministério da Cultura. O diplomata acusou o ex-ministro Geddel Vieira Lima
(Secretaria de Governo) de tê-lo pressionado para liberar a obra, embargada
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Nesta
segunda-feira (28) a Procuradoria Geral da República (PGR) requisitou
oficialmente à PF o encaminhamento dos áudios, com o argumento de que teria de
ter em mãos todos os elementos probatórios para decidir se pediria ou não ao
STF abertura de inquérito contra políticos com foro privilegiado. A Suprema
Corte deverá enviar os áudios à procuradoria.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
A Porto Ladeira da Barra Empreendimento, empresa responsável pelo La
Vue, na Barra, omitiu o contrato de promessa de compra do apartamento 2301,
pertencente a Geddel Vieira Lima. Em sua defesa junto ao Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), apresentada em 24 de maio de
2016, a empresa não incluiu entre os dez contratos aquele referente ao
ex-ministro da Secretaria de Governo. De acordo com a Folha, na época Geddel já
havia assinado uma promessa de compra e venda, para garantir a unidade. A
relação dos contratos dos futuros moradores do La Vue consta no recurso que
contesta a decisão do Iphan de suspender a obra, de maio deste ano, ainda na
gestão Dilma Rousseff (PT). Os advogados do condomínio alegaram que a decisão
do Iphan ia contra o direito adquirido pelos futuros moradores, que haviam
assinado o contrato entre dezembro de 2014 e 2015. A defesa do La Vue chegou a
argumentar que o empreendimento está sendo construído no regime de
"construção por administração", quando os compradores bancam o custo
integral da obra. Ainda segundo a Folha, na ata de constituição do condomínio,
de setembro de 2015, também não consta o nome do ex-ministro. O apartamento do
23º andar, que Geddel diz ter comprado, está em nome da empresa responsável
pelo edifício. Questionado sobre o assunto, o peemedebista disse que não se
pronunciaria mais e que fará sua defesa no Conselho de Ética da Presidência da
República.
Nenhum comentário:
Postar um comentário