quarta-feira, 4 de março de 2009

Bahia terá banco de dados para pesca e aquicultura
Texto da AGECOM


Identificar os locais de produção e comercialização, onde e como as comunidades, empresas e entidades estão envolvidas nos processos de manejo, cultivo e beneficiamento dos produtos. Isso é o que pretende a Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), com o Programa de Desenvolvimento Territorial da Pesca e Aquicultura na Bahia, iniciado esta semana e que será estendido a todo o estado.

O programa prevê, em sua primeira fase, a ser concluída ainda no primeiro semestre deste ano, o cadastramento de todas as unidades, públicas e privadas, envolvidas com a pesca e aqüicultura no estado.
Também vai permitir, com base na coleta de dados, a elaboração de planejamentos estratégicos e programas nas ações de longo prazo, não apenas do Governo do Estado, mas de entidades civis, associações e colônias de pescadores, como também de empresas.

Além das unidades da Bahia Pesca - escritórios regionais, estações de piscicultura, unidades de beneficiamento de pescados - vão ser incluídas, no programa, as unidades de órgãos federais como o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), que têm atividades ligadas diretamente à pesca e aquicultura, além da rede privada, colônias e associações de produtores e pescadores.

De acordo explicações do diretor-presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, o que existe atualmente é uma diversidade de entidades que desenvolvem atividades ligadas à pesca e aqüicultura no estado, sem o controle efetivo por parte do Estado, dessas atividades.

“O que estamos iniciando é uma revolução nesses dois setores, de forma a dinamizar os atuais programas e direcionar, de forma mais eficaz, os investimentos em programas a curto, médio e longo prazos”, diz Albagli.

Mapeamento
O presidente da Bahia Pesca afirmou que estudos técnicos já foram encomendados para que seja elaborado um programa de informatização de todo o sistema, criando um banco de dados e centralizando as informações, de forma a que o público interessado tenha acesso. “Serão informações de todas essas atividades no estado, atualizadas freqüentemente e realimentadas com informações colhidas por nossos técnicos e fornecidas pelo próprio público interessado”, diz.
Albagli cita como exemplo, produtores da região oeste do estado, que têm tanques para criação de tilápias, e precisam conseguir alevinos no extremo sul porque não sabem onde conseguir o produto em sua região. Segundo ele, “com o banco de dados, essas informações podem ser acessíveis não apenas aos produtores, mas também aos investidores, quem terão uma idéia espacial dessas atividades, desde o cultivo, beneficiamento e comercialização”.
A partir do mapeamento das atividades de pesca e aqüicultura, a empresa irá ampliar a rede de assistência técnica, com a criação de mais cinco escritórios regionais (em locais a serem definidos), que irão se somar aos já existentes e às atuais estações de piscicultura, que funcionam como ponto de apoio técnico e referencial para produtores de uma forma a geral.
Segunda fase
A Bahia Pesca pretende, numa segunda fase do programa, a ser iniciada ainda este ano, fazer um levantamento dos recursos naturais com potencial para a aqüicultura como barragens, represas, açudes e canais localizados nos perímetros de irrigação, e até mesmo o uso das águas salobras dos poços artesianos para a criação de tilápias, camarões e algas

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