Brasília (11/03/2009) –
Em visita ao Brasil, o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manoel Santos, foi recebido nesta quarta-feira (11/03) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim e manifestou interesse em uma parceria estratégica entre os dois países. Segundo o visitante, a Colômbia quer estreitar a colaboração no monitoramento da fronteira comum, quer parcerias em pesquisas tecnológicas de defesa, e quer inclusive participar do projeto de construção do avião de transporte KC-390, da Embraer.
“O Brasil é nosso sócio estratégico e vamos buscar laços e cooperação”, afirmou.Santos e sua comitiva, compostas por militares das três forças colombianas, ouviu de Jobim uma explicação detalhada sobre a Estratégia Nacional de Defesa do Brasil, lançada em dezembro de 2008.
O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, complementou a explanação.A Estratégia Nacional de Defesa, segundo Jobim, tem como objetivo reorganizar as Forças Armadas, fortalecer o complexo nacional de Defesa e aperfeiçoar o serviço militar. “Esses três objetivos se entrelaçam.
Não é possível pensar em Forças Armadas que não estejam ligadas ao desenvolvimento e desenvolvimento que não estejam ligados às forças armadas”, destacou Jobim.
O ministro Nelson Jobim afirmou que a visita do ministro colombiano poderá proporcionar avanços na cooperação em várias áreas entre os dois países.
Ele rejeitou a possibilidade de que o movimento guerrilheiro Forças Armadas Colombianas (Farc) represente um perigo para o Brasil.
Segundo ele, há um grande controle da fronteira com a Colômbia, que poderá ser intensificado com novas medidas em discussão.
Entre elas, está o aperfeiçoamento da visibilidade do espaço aéreo entre os dois países, em uma faixa de 50 quilômetros de ambos os lados da fronteira.
Santos elogiou também o programa de trabalho a ser seguido pelo Conselho Sul-Americano de Defesa a partir desta semana.
Ele observou que o Conselho permitirá o fortalecimento da união regional. Sobre essa união, ele afirmou que “a liderança do Brasil tem sido fundamental e nisso também agradecemos ao Brasil”.Para Juan Manoel Santos, todos os países da região devem encontrar alianças em áreas estratégicas como, por exemplo, a indústria militar e a capacitação profissional.
E citou os casos dos aviões Super Tucanos comprados pela Colômbia à empresa brasileira Embraer. “Estamos muito contentes com os aviões do Brasil.”O ministro colombiano não descartou a possibilidade de que seja realizada, no âmbito das relações bilaterais, uma aliança estratégica de indústrias militares.
Dentro dessa perspectiva, conforme disse Juan Manoel Santos, a idéia é saber como a Colômbia pode participar na produção do avião de carga que o Brasil pretende desenvolver por meio da Embraer. “Tudo o que possamos fazer nesse frente com o Brasil será muito conveniente, sobretudo porque os aviões que temos comprado do Brasil são muito bons”, afirmou.Juan Manoel Santos disse que, para a Colômbia, a relação com o Brasil é de conveniência estratégica de longo prazo.
“Portanto, tudo que possamos construir para que essa relação se desenvolva e se fortaleça é uma decisão muito importante”, afirmou. Segundo ele, a cooperação bilateral poderá incluir controle de espaço aéreo, esquema de compartilhamento de satélites e monitoramento de fronteiras.
Assessoria de Comunicação Social Ministério da Defesa
Edição: José Ramos Texto: José Romildo
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