terça-feira, 24 de março de 2009

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
24 de março de 2009
SALVADOR GANHA DUAS CLÍNICAS DE HIDRATAÇÃO CONTRA A DENGUE
A população de Salvador ganhou dois novos e importantes equipamentos para reforçar o combate à dengue: duas Clínicas de Hidratação foram inauguradas hoje (terça, 24) nos dois principais hospitais de Salvador, o Hospital Geral do Estado e o Hospital Geral Roberto Santos. Na quinta-feira, uma terceira Clínica será inaugurada no Hospital João Batista Caribe, em Coutos, e, na próxima semana, as Unidades de Pronto Atendimento de Plataforma, Pirajá, São Caetano, Cajazeiras e Curuzu também ganham Salas de Hidratação.
Cada uma das Clínicas de Hidratação inauguradas pelo secretário da Saúde, Jorge Solla, conta com cerca de 70 funcionários, entre médicos, enfermeiros e auxiliares, que vão se revezar durante 24 horas, sete dias por semana, para atender a todos os pacientes com suspeita diagnóstica de dengue.
O médico pediatra Alfredo Hércules é um desses profissionais. Ele vai atuar na Clínica de Hidratação do Hospital Roberto Santos. Para ele, é muito importante para o paciente com suspeita de dengue, especialmente a criança, poder contar com avaliação em uma unidade de saúde, e a hidratação - oral nos casos mais leves, venosa nos mais graves - é a medida principal a ser tomada.
As equipes são gerenciadas pelas Organizações Sociais Irmã Dulce (Osid) e reforçadas por médicos e auxiliares de enfermagem do Exército: três médicos no HGE e três no Hospital Roberto Santos, e mais sete auxiliares de enfermagem na Clínica do HGE, como explicou o major do Exército Sílvio Lopes Henriques. Na Clínica de Hidratação do Hospital João Batista Caribe, profissionais da Marinha é que vão reforçar o atendimento. Médicos e auxiliares de enfermagem da Aeronáutica já estão atuando em Itabuna.
As Clínicas dispõem de três ambientes: um para Acolhimento, outro de Procedimento, dotado de cinco macas, e o terceiro é reservado para hidratação venosa, com 30 poltronas. Laboratórios para exames rápidos e equipamentos para ventilação e reanimação também compõem as Clínicas de Hidratação.
"O paciente com sintomas semelhantes aos da dengue, com a síndrome febril - dor de cabeça, febre, mal-estar generalizado - faz a primeira consulta, com avaliação clínica. O atendimento é feito na sala de Procedimento e, se precisar de hidratação venosa, vai para as poltronas. Casos mais graves, ou em que seja descartada a suspeita de dengue, sendo diagnosticada outra patologia, são encaminhados para hospitais de referência", explicou o secretário Jorge Solla.
Experiência bem-sucedida na epidemia de dengue enfrentada pelo estado do Rio de Janeiro no ano passado e reproduzida, na Bahia, nos municípios de Itabuna, Ilhéus, Floresta Azul e Jequié, as Clínicas de Hidratação contribuem para reduzir a ocorrência de casos graves e o número de óbitos, como já ocorreu nos quatro municípios baianos. "No Rio de Janeiro, não se verificou um único óbito entre os 88 mil pacientes atendidos em unidades semelhantes", disse Solla.
"Estamos atuando em duas grandes frentes: intensificando a mobilização para o combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, e ampliando a oferta de assistência, montando uma estrutura maior para prevenir, se houver necessidade", acrescentou o secretário. Dessa atuação, fazem parte ainda as ações de capacitação e treinamento de médicos e outros profissionais de saúde dentro dos protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde.
Mobilização e responsabilidade
Convivendo com a dengue por mais tempo do que o Brasil, desde 1989 - aqui, a doença chegou cinco anos depois, os técnicos em saúde da Venezuela apontam a mobilização social e a responsabilidade não só dos governos, mas de cada cidadão, como estratégia essencial no enfrentamento da dengue. Fátima Garrido, diretora nacional de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde da Venezuela (Ministério Del Poder Popular para la Salud) e coordenadora do grupo de nove profissionais - sete venezuelanos e dois cubanos - que chegou a Salvador na sexta-feira passada, diz que o objetivo do grupo é compartilhar e discutir as experiências vividas no combate à doença pelos venezuelanos, em apoio aos baianos.
A Venezuela vive, hoje, um momento bem mais tranqüilo, mas enfrentou picos altos da doença. O resultado foi conseguido, principalmente, graças às estratégias de mobilização para o controle do vetor (o mosquito transmissor da dengue). Para Fátima, é fundamental que as pessoas assumam que têm uma responsabilidade. "Contamos, inclusive, com a participação das crianças como promotores de saúde, para identificar os criadouros do mosquito", detalhou. A vinda dos técnicos venezuelanos foi acertado durante a recente visita do governador Jaques Wagner ao presidente venezuelano, Hugo Chávez.
B.F. - DRT/BA 1158Ascom Sesab24/março/2009

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