segunda-feira, 28 de setembro de 2015

DUSTER DIZ QUE FIOL ESTÁ EM ANDAMENTO EM TODOS OS TRECHOS E FALA DAS ENCOSTAS





Bahia Econômica: Informações recentes dão conta de que a Ferrovia Oeste-Leste está quase paralisada e que não haveria recursos nesse ano de 2015 para a sua conclusão. Como o estado está vendo isso?
 
Bruno Dauster: Os recursos para conclusão da FIOL estão assegurados no Programa Plurianual (PPA) do governo federal e ela é uma prioridade na área de ferrovias no país, viável economicamente. A obra passou por algumas restrições orçamentárias e o seu ritmo precisou ser adequado à disponibilidade de recursos, mas todas as atividades seguem em andamento em todos os lotes. O Governo da Bahia está estudando proposta de concessão para construção de um novo trecho, ligando a FIOL à Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), facilitando ainda mais o escoamento de grãos
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B.E: Com relação ao Porto Sul, existe alguma novidade? Algum grupo privado manifestou interesse?

B.D: O Governo do Estado está na fase de planejamento para a realização da instalação futura do Porto Sul. Estamos aguardando a autorização de supressão de vegetação (ASV) do empreendimento, que está em análise final. Alguns grupos privados têm demonstrado interesse pelo projeto, mas nada neste sentido foi definido ainda.

B.E: Especula-se que a BAMIN não teria condições de investir no Porto Sul, como também estaria com problemas na justiça, o que poderia inviabilizar o projeto. Se isso acontecer, qual seria a carga transportada pela FIOL?
B.D: O preço do minério de ferro é uma commodity e está com baixa cotação no mercado internacional no momento atual, mas isso não é, necessariamente, uma constante e tampouco inviabiliza um projeto desta magnitude. A Bamin é uma empresa privada e questões relacionadas à sua administração não impactam ou inviabilizam o projeto e seus investimentos.  A FIOL tem como principal carga, no trecho de Ilhéus a Caetité, o minério de ferro da mina da Bamin, mas vale lembrar que outras minas estão em processos de estudos nas áreas de influências da ferrovia. Os estudos indicam, ainda, cargas minerais e grãos, estes vindos da região Oeste da Bahia e demais cidades que se localizam no estado baiano, bem como do Tocantins e Goiás.

B.E: Com relação à mudança do traçado da FIOL, de Figueirópolis para Campinorte. O Governo Federal já encampou a ideia?
 
B.D:
Ainda não há decisão finalizada quanto à ligação com Campinorte, mas o Governo da Bahia vem se esforçando muito para viabilizar esta alternativa junto ao governo federal. A EPL (Empresa de Planejamento e Logística) está estudando o assunto.
 
B.E. Em se tratando dos recursos de mobilidade urbana para os projetos de Salvador, o atual ajuste fiscal não vai prejudicar o andamento dessas obras?
B.D:
A atual conjuntura econômica poderá interferir no andamento das obras. Todavia, o Governo da Bahia está muito empenhado para que, caso haja, o impacto seja o menor possível.
 
B.E: Com relação ao plano de encostas, o que foi feito até o momento? Existem mais recursos previstos? Porque o governo do estado decidiu somente agora aplicar tanto em encostas?
 
B.D: A segurança da população é a grande prioridade deste governo e estamos investindo, em parceria com o governo da presidenta Dilma Rousseff, um montante de R$ 156,3 milhões para recuperação de 98 encostas em Salvador, classificadas de alto ou altíssimo risco. Não medimos esforços para vencer as dificuldades e perigos à que estão expostas as famílias que vivem nessas localidades.  Dos pontos previstos no Programa de Contenção de Encostas do Governo da Bahia, 12 já foram concluídas, 21 estão com obras em andamento e cinco terão ordem de serviço assinada em breve. As demais já foram licitadas e estão em fase de estudos e elaboração de projetos. Com as fortes chuvas que atingiram Salvador nos últimos meses, o Ministério da Integração fez o repasse de mais R$ 80 milhões, autorizando a contenção de mais 17 encostas – oito em Salvador e três em Candeias – sob responsabilidade do Governo do Estado, e mais seis a serem executadas pela prefeitura da capital. Também apresentamos pleito ao Ministério das Cidades e aguardamos boas notícias.

B.E: O senhor que gerencia os principais programas do PAC na Bahia tem sentido a redução no volume de recursos disponibilizados pelo governo? Isso pode afetar projetos estruturantes na Bahia?
 
B
.D: Assim como respondido em questão anterior, reafirmo a total dedicação do governo estadual em reduzir ao máximo os impactos da crise econômica no andamento dos projetos para a Bahia.

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