quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Trabalho conjunto intensifica ações contra transmissor da febre chikungunya



Saúde

25/09/2014 13:40

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e o Ministério da Saúde (MS) estão trabalhando em conjunto para intensificar as ações de prevenção e vigilância da febre chikungunya. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (25), no Hotel Pestana, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, o secretário Washington Couto, a superintendente da Vigilância Epidemiológica e Proteção à Saúde da Sesab, Alcina Andrade, e o secretário de Vigilância em Saúde do MS, Jarbas Barbosa, atualizaram o número de casos da doença e apresentaram as medidas tomadas na Bahia.

“O trabalho em campo consiste no bloqueio [do mosquito], utilização de UBV (carro fumacê e as bombas costais) e mobilização forte com a população. A gente precisa muito do apoio da população, porque é o mesmo processo da dengue. Ou seja, temos que cuidar da água parada, dos vasilhames, dos tanques, que devem ser tampados. A população precisa estar neste processo junto conosco”, disse Couto.

Por meio de exames laboratoriais feitos no Instituto Evandro Chagas (IEC), no estado do Pará, foram confirmados 14 casos da febre chikungunya no município de Feira de Santana, a 109 quilômetros de Salvador. Outros 306 casos estão sendo investigados na cidade e quatro já foram descartados na capital baiana.

Transmissão  

A febre chikungunya é provocada por um vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopicuts os principais vetores. De acordo com o secretário Jarbas Barbosa, apesar de a doença ter origem na África, há a suspeita de que o vírus tenha sido trazido por um brasileiro que viajou para a América Central, onde a doença passou a ter intensidade maior em dezembro de 2013, ou países vizinhos do Brasil, como Venezuela e Colômbia.

“A principal ação é reduzir a população de mosquitos. Em outubro, vamos ter cerca de dois mil municípios brasileiros fazendo um levantamento do índice de infestação [do mosquito da dengue], que nós já adaptamos para colher informações também do primo do Aedes Aegypti, que é o Aedes Albopicuts. Desta maneira, no início de novembro, cada prefeito vai saber por bairro como está a infestação para que se atue de modo muito forte em novembro e dezembro, porque a época de maior infestação no Brasil ocorre entre janeiro e maio”, explicou Barbosa.

Sintomas e tratamento 

Os sintomas da doença incluem febre alta, dor de cabeça, muscular e nas articulações, e erupções na pele. Em caso de suspeita, o paciente deve procurar as Unidades Básicas de Saúde e Postos de Saúde da Família, que estão preparados para lidar com os casos. Não é necessária internação hospitalar, pois o tratamento é feito com analgésico (paracetamol), hidratação adequada e repouso. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a letalidade da doença é rara e menos frequente que nos casos de dengue.

Por conta do surto de chikungunya na América Central, o Ministério da Saúde já havia elaborado um plano nacional de contingência da doença. As metas do plano são a intensificação das atividades de vigilância, preparação de resposta da rede da saúde, o treinamento de profissionais, a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnóstico.

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