terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sol poderá ser a maior fonte de eletricidade do mundo até 2050

Segundo a Agência Internacional de Energia, os sistemas fotovoltaicos podem gerar até 16% da eletricidade do mundo em 2050
O Sol poderá ser a maior fonte de eletricidade no mundo até 2050, à frente de combustíveis fósseis, eólica, hidrelétrica e nuclear, de acordo com dois relatórios divulgados nesta segunda-feira, (29/9), pela a Agência Internacional de Energia (IEA), na sigla em inglês). Os relatórios mostram que os sistemas fotovoltaicos podem gerar até 16% da eletricidade do mundo em 2050, enquanto a solar térmica concentrada poderia fornecer um adicional de 11%.
Combinadas, essas tecnologias evitariam a emissão de mais de 6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano no período - que é mais do que todas as emissões de CO2 atuais relacionados com a energia dos Estados Unidos, ou quase todas as emissões diretas do setor de transporte em todo o mundo hoje.
 
Segundo a diretora-executiva da IEA, Maria Van der Hoeven, a rápida queda no custo dos módulos e dos sistemas fotovoltaicos abre novas perspectivas para o uso da energia solar como uma grande fonte de eletricidade nos próximos anos. No entanto, a executiva ressalva que ambas as tecnologias são muito intensivas em capital, o que exige que todas as despesas sejam feitas antecipadamente para que os objetivos sejam alcançados.
 
A diretora também destacou que os dois relatórios não representam uma previsão, tal como acontece em outros estudos de tecnologia da AIE, que detalham as metas de melhoria de tecnologia esperada e as ações governamentais necessárias para se alcançar essa visão em 2050.
 
O objetivo das publicações é apontar para a importância de se estabelecer políticas claras, credíveis e consistentes, que possam diminuir os riscos de implantação dos investidores e inspirar confiança nos empresários. Por outro lado, disse Van der Hoeven, onde houver incoerência política ou sinais confusos dos governos, o consumidor pagará mais caro pela energia , e alguns projetos não vão seguir em frente."
 
Os dois documentos enfatizam o papel complementar das duas tecnologias. Com 137 GW de capacidade instalada mundialmente até o final de 2013, e adicionando 100 MW por dia, a implantação da solar fotovoltaica até agora tem sido muito mais rápida do que a da solar térmica, principalmente por causa da redução dos custos dos equipamentos.
 
No cenário descrito nos relatórios, a maior parte do crescimento da energia solar fotovoltaica acontece até 2030. No entanto, o quadro depois muda. Ao atingir participação entre 5% e 15% da geração anual de eletricidade, a fotovoltaica começa a perder espaço. A implantação da tecnologia térmica decola nesta fase, graças ao sistema de armazenamento das usinas concentradas, que permite a geração de energia elétrica nos picos de demanda do fim da tarde e da noite, complementando, assim, a geração fotovoltaica.
 
A China lidera de longe a expansão da tecnologia fotovoltaica. A tecnologia solar térmica se expande em áreas muito ensolarados, com céu limpo, tornando-se uma grande oportunidade para a África, Índia, Oriente Médio e Estados Unidos.
Fonte: Jornal da Energia

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