terça-feira, 7 de outubro de 2014

Atual Mercado do Rio Vermelho



Maior parte dos entrevistados considerou bom ou ótimo o novo espaço de compras e também de lazer



Uma pesquisa da empresa de consultoria P&A, de Salvador, aponta que a reforma da antiga Ceasinha– atual Mercado do Rio Vermelho – agradou a 94% dos consumidores. 
O levantamento ocorreu entre os dias 20 e 25 de setembro, com 285 pessoas que compram no local. A maior parte dos entrevistados considerou bom ou ótimo o novo espaço de compras e também de lazer. 
Na avaliação, foi aplicada uma escala de 1 a 5, considerando aspectos como atendimento, limpeza, organização e aparência dos boxes. Todos esses itens obtiveram a média 4,3, o equivalente ao conceito “satisfeito”. 
O quesito variedade de produtos atingiu a média 4,2; a praça de alimentação, 4,1; a facilidade de acesso, a segurança e os sanitários, 4,0; o horário de funcionamento, 3,9; e a climatização, 3,8. Já os itens estacionamento e preços ficaram entre os que indicam um menor índice de satisfação da clientela, com as notas 3, 4 e 3, 2,respectivamente. Os números indicam o conceito“ nem satisfeito, nem insatisfeito”.
Gestão e marketing - O diretor de mercados e projetos especiais da Empresa Baiana de Alimentos S.A. (Ebal), Gustavo Valente, acredita que a pesquisa vai auxiliar a administração do espaço a melhorar a relação entre consumidores e comerciantes. 
“A partir desses dados, vamos trabalhar para a implementação de um plano eficaz de gestão e marketing com foco nos clientes”,afirma da pesquisa, o grupo privado Enashopp fica responsável pela elaboração do plano de ação, gestão e marketing para o mercado. 
O engenheiro sanitarista Eduardo Topázio, 54 anos, já era consumidor do mercado quando o local ainda era a antiga Ceasinha, e revela que tem mais satisfação em frequentar o lugar após a reinauguração do mercado. “Fazer mercado onde o fator de circulação de ar e pessoas é positivo auxilia no processo de conservação dos alimentos e oferece mais segurança em relação aos produtos que são comprados”, opina o engenheiro, que é morador da Graça. 
Ele diz não sentir diferença nos preços dos boxes e enfatiza a simpatia pelo local. “Há um prazer especial em poder fazer compras e ainda ter acesso a ambientes onde é possível interagir como outras pessoas e comer um petisco”, atesta o baiano, que também defende que “os comerciantes precisam adquirir a tradição de emitir nota”. 
A administradora Ana Lúcia Barreto, 53anos,mora próximo ao mercado e diz que o ambiente é o fator que merece principal destaque após as obras de melhoria. Segundo ela, antes o local não inspirava segurança quanto ao aspecto físico nem em relação à qualidade dos produtos vendidos. “Agora, o preço de algumas coisas aumentou, mas nada muito grave. Depois que inaugurou, já fui ao mercado três vezes”, expõe Ana.
Opção - O Mercado do Rio Vermelho não é o local que a administradora escolhe para fazer as compras do mês. Ela revela que a preferência é para adquirir frutas, verduras e petiscos. “Tem coisas que só encontro aqui”, conclui.
Mesmo com a receptividade dos consumidores, os comerciantes do Mercado do Rio Vermelho reclamam do aumento das despesas decorrentes de condomínio, aluguel e luz. Segundo uma vendedora que não quis se identificar, seus custos pularam de R$ 700 (na antiga Ceasinha) para mais de R$ 3.800. 
Os valores são referentes apenas ao condomínio e ao aluguel.“O mercado ficou lindo, parece um shopping. Mas as pessoas têm visitado para passear. Nossas vendas caíram significativamente e os nossos custos de manutenção do espaço aumentaram. Está complicado manter um boxe nesse lugar”, desabafa a comerciante, que trabalha no local há 16 anos.
Reuniões - O permissionário José Jorge Gomes afirma que estão sendo feitas sucessivas reuniões entre proprietários de boxes e representantes da Ebal para a redução do valor do condomínio. “O mercado está limpo, bonito e as minhas vendas aumentaram. As únicas questões que estão sendo revistas com a Ebal são o aumento do estacionamento, que não está comportando a demanda aos finais de semana, e o custo do condomínio”, detalha Jorge. 
O diretor-presidente da Ebal, Eduardo Sampaio, argumenta que o crescimento da qualidade do novo mercado é o fator principal para o aumento do condomínio do local. Ainda de acordo com o gestor, para manter a segurança e se tornar uma referência na Bahia, esses investimentos são necessários.
“Planejamento” - “Estamos em um canal aberto de discussões com os comerciantes. Conseguimos realizar algumas reduções e estamos tentando fazer com que o custo seja o mais racional possível. Essa é uma fase de planejamento”, completa Sampaio. As obras de reforma do Mercado do Rio Vermelho foram realizadas pelo governo do estado com investimentos de R$ 28 milhões, sendo parte financiada pela Caixa Econômica Federal. 
A área comercial construída cresceu 88%, o número de boxes subiu de 100 para 139 e as vagas de estacionamento aumentaram em 140%, segundo informações da Ebal. “Agora, vamos identificar onde podemos avançar e melhor atender os clientes”, observa o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.


Fonte: A Tarde


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