O governo federal mudou a taxa de retorno dos projetos de infraestrutura para viabilizar a vinda de investidores privados. Com isso vai aceitar um novo patamar de retorno financeiro para os projetos de infraestrutura rodoviária e ferroviária que serão licitados no primeiro semestre.
Nas condições previstas até agora, a taxa de retorno variava de 6% a 7% ao ano. Ontem, o governo anunciou novas regras, que podem elevar essa taxa para níveis entre 10,8% e 14,6%, como desejavam os empresários.
No caso da licitação de rodovias, um dos problemas era a estimativa de receitas. O governo admitiu que superestimara o crescimento de tráfego das BRs 040 e 116 em Minas, o que levou ao cancelamento do leilão.
"Fizemos correções nos estudos que darão mais atratividade aos projetos", disse o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.
No novo cálculo, a previsão de crescimento caiu de 5% ao ano para 4%. Além da nova projeção de tráfego, o governo aumentou o número de anos que o consórcio terá para explorar a concessão e o prazo para início de pagamento dos empréstimos e abrandou a exigência de garantias para o financiamento.
No caso das rodovias, vencerá o leilão quem oferecer a menor tarifa de pedágio. "Estávamos com tarifas máximas perto do piso e agora elas ficarão mais próximas do teto", afirmou Figueiredo.
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