A expectativa do governo do estado de dar início as obras do complexo Porto Sul em Ilhéus ainda no primeiro semestre de 2013 dificilmente será realizada e com isso se aprofunda o descompasso da obra com o cronograma da Ferrovia Oeste-Leste, o que vai inviabilizar por dois anos o escoamento de cargas e prejudicará sobremaneira o projeto Pedra de Ferro, da Bamin Mineração.
Apesar do Ibama ter concedido a licença prévia para o Porto Sul no final do ano passado, logo depois o Ministério Público Federal em Ilhéus (BA), em conjunto com o Ministério Público do Estado da Bahia (MP/BA), ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar para suspensão da licença prévia concedida.
A justificativa é que a licença foi dada sem acatar as recomendações expedidas pelo MPF e pelo MP para que fossem convocadas novas audiências públicas. Com isso, o impasse permanece e não se sabe quando a liminar será julgada.
O Tribunal de Contas da União, por seu truno, já havia detectado a falta de integração entre os dois projetos e o descompasso entre o andamento das duas obras, afirmando que isso acarretará um desperdício de R$ 2 bilhões em recursos públicos.
O problema é que a ferrovia deverá ficar pronta em dezembro de 2015. No entanto, liberadas todas as licenças o erminal privado do Porto Sul levaria pelo menos 3 anos para ser concluído.
Ou seja, seja, se as obras começarem no segundo semestre de 2013, o que parece pouco provável dado os impedimentos na justiça, o complexo do Porto Sul só estaria pronto em 2017, o que significa que a Ferrovia Oeste-Leste passaria dois anos paralisada, pois não haveria porto para escoar os produtos.
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