segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Estaleiro do Paraguaçu entra em operação em janeiro de 2014

O empreendimento tem contratos de aproximadamente US$ 6,5 bilhões na Bahia e no Rio de Janeiro

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu, o maior investimento privado da Bahia nos últimos 10 anos, vai começar a operar em janeiro de 2014 e deverá induzir a criação de polo metal mecânico na Bahia,com empresas baianas e de outros estados orbitando em torno do empreendimento.


Em entrevista, Humberto Rangel, Diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A. (EEP), disse que o empreendimento, que representa um investimento superior a R$ 2,5 bilhões, já tem contratos de aproximadamente US$ 6,5 bilhões na Bahia e no Rio de Janeiro e vai desenvolver uma rede de fornecedores em grande parte com empresas baianas e lembrou que em recente rodada de identificação de fornecedores, que aconteceu na sede da FIEB, 100 empresas foram selecionadas para a rodada.

Rangel afirmou que o empreendimento terá um nível permanente de encomendas e se consolidará como um dos players da indústria naval. O executivo falou também sobre os programas de capacitação e mobilização de mão-de-obra, afirmando que a empresa tem o compromisso de contratar pelo menos 40% de mão de obra local.

O diretor informou ainda que no início das operações o número de empregos diretos gerados será de cerca de 5 mil e que a empresa está planejando uma série de intervenções viárias para garantir o transporte seguro dos empregados, com a possibilidade, inclusive, de montagem de um sistema de transporte marítimo.

Rangel ressaltou que o governo do Estado vem cumprindo os compromissos firmados e relacionou as obras de infraestrutura ora em andamento.


BAHIA ECONÔMICA - Em que estágio está a implantação do Estaleiro e qual a perspectiva da sua entrada em operação?


HUMBERTO RANGEL - As obras para construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), em Maragojipe, estão em fase de terraplanagem e de dragagem de aprofundamento para construção do cais de atracamento e do dique-seco. A previsão é de que o estaleiro comece a operar em janeiro de 2014. O cronograma das obras está em total sintonia com o que foi planejado e o apoio que temos recebido do Governo da Bahia tem sido fundamental para avançarmos com o projeto, que representa o maior investimento privado da Bahia nos últimos 10 anos.

BE – Em relação à qualificação da mão de obra, a sua capacitação será através do SENAI ou do Governo do Estado da Bahia? A mão de obra a ser utilizada será local?


HR - Impulsionado pela construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), em Maragojipe, um programa de qualificação profissional está em curso para capacitar a mão de obra formada por moradores de ao menos 10 municípios do entorno do Estaleiro. Iniciado em setembro de 2012, o programa de qualificação capitaneado pelo Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP), responsável pelas obras civis do Estaleiro, utiliza as seguintes metodologias: Programa de Qualificação Profissional Continuada (Acreditar), da Organização Odebrecht, e o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), executado pelo Serviço Nacional da Indústria (SENAI). Temos o compromisso de contratar 40% de mão de obra local. Muitos jovens da região já estão empregados e outros tantos estão sendo preparados para em curto espaço de tempo integrar nossas equipes. Caso queiram, muitos empregados que hoje estão atuando na construção do Estaleiro serão preparados para a atuação na indústria off-shore.

BE – O estaleiro reuniu fornecedores que poderão fornecer bens e serviços a empresas para a construção de navios-sondas. Esses fornecedores serão empresas baianas?

HR - É interessante que sejam, mas naturalmente muito trabalho precisa ser feito. O Estaleiro é um grande empreendimento, estratégico para o desenvolvimento econômico e social da Bahia, e precisará se valer de fornecedores que sejam parceiros e que tenham expertise com a indústria naval. Preocupado com o assunto, o EEP realizou no final de janeiro uma Rodada de Negócios com Fornecedores Estratégicos. O resultado foi muito bom. Fomos procurados por mais de 250 empresas da Bahia e de outros estados, das quais 100 foram selecionadas para a rodada, que aconteceu na sede da FIEB, em Salvador. Certamente muitas parcerias serão firmadas, sobretudo nos setores de partes, peças, serviços, equipamentos, instituições de ensino e pesquisa do setor. A etapa de terraplanagem, por exemplo, está sendo feita por uma empresa baiana.

Fontes: SICM/BahiaEconomica

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