“É uma obra importante, eu diria até que é um desdobramento natural, agora que nós avançamos para conclusão do projeto de integração da Bacia do Rio São Francisco com os eixos Leste e Norte. É natural que se estude novas áreas a serem beneficiadas com as águas do Rio São Francisco”
Fernando Bezerra
Ministro da Integração Nacional, sobre o eixo sul da transposição que levará água para a Bahia
O anúncio de que a presidente Dilma Rousseff autorizou a contratação de estudos para levar a transposição do Rio São Francisco para o semiárido baiano é da maior importância para o estado e já deveria ter sido motivo de pleito dos políticos baianos.
A Bahia possui o maior território do Nordeste sujeito a secas. Cerca de 2/3 do semiárido nordestino está na Bahia e nesta área vivem mais de quatro milhões de baianos. O semiárido baiano é tão grande que nele cabem dois estados do Ceará e aí vivem milhões de baianos que não têm acesso à água, seja para consumo humano ou irrigação.
Assim, está na hora de a Bahia ter a sua transposição do Rio São Francisco. A implantação de mais um canal, o chamado eixo Sul, já previsto anteriormente, e que levará a água para o semiárido baiano não deve ser, no entanto, motivo para a elaboração de um projeto megalomaníaco.
O anúncio que a transposição chegaria ao Rio Paraguaçu causa espécie já que o fundamental nesse caso seroa a perenização do Rio Itapicuru e Vaza Barris, numa das regiões mais secas da Bahia e onde milhares de pessoas dependem de carros-pipas para não morrer de sede na época da seca.
De todo modo, os estudos deverão dizer qual o traçado mais adequado e, qualquer que seja ele, o custo da obra será expressivo, mas inferior à metade do que se gasta hoje com a implantação dos dois eixos que estão em construção.
A Bahia precisa se unir em torno desse projeto. Se ele sair, o povo do sertão da Bahia vai agradecer penhoradamente a presidente Dilma Rousseff.
Armando Avena
BahiaEconomica
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