Política
AL aprova empréstimos de US$600 mi para a Copa
Lílian Machado - Tribuna da Bahia
O pedido de liberação de crédito junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid) no montante total de US$ 645 milhões, equivalente a R$ 1 bilhão, para modernização e o equilíbrio fiscal do Estado, e ainda para assegurar recursos voltados a projetos de mobilidade urbana para Copa do Mundo de 2014, esquentou o embate entre as bancadas governista e de oposição na Assembleia Legislativa ontem.
A força contrária na Casa questionou a ausência de informações detalhadas, considerando que a aprovação seria a assinatura de um “cheque em branco”. Apesar das contestações, o projeto que autoriza o maior volume de US$ 600 milhões foi aprovado depois de várias obstruções por 40 votos a dez, e uma abstenção.
Os deputados aprovaram também o projeto que institui o Programa Pacto Pela Vida e uma abertura de crédito especial no valor de R$1,5 milhão.
Até o fechamento desta edição, estava em debate o crédito de US$45 milhões. O líder governista, deputado Zé Neto (PT), sinalizou que há pressa do governo em garantir as intervenções da Copa. Segundo ele, caso houvesse planejamento de cada centavo a ser gasto em cada operação, as obras para o mundial ficariam travadas.
No entanto, conforme citou, a questão é totalmente justificada junto ao Banco, “que não empresta dinheiro sem que não sejam dadas as devidas informações”.
“Eles (a oposição) não solicitaram nenhuma informação”, afirmou, ironizando a falta de “transparência” citada pela oposição. “Eu entendo transparência o que a gente faz e eles entendem a partir do que faziam no passado”, alfinetou.
O líder explicou que o Programa do Equilíbrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado da Bahia – Proconfins II, objeto do investimento citado no projeto – se refere a um mecanismo utilizado pela maioria dos estados para desenvolver as ferramentas fiscais e modernizar as Fazendas estaduais. “Se há um crédito, é melhor buscar esse limite para não tirar de outras áreas”, afirmou.
No entanto, para a oposição essas explicações não bastam. O deputado Paulo Azi (DEM) apontou “equívocos” nas informações passadas pela Sefaz. “Como é que um governo que se diz transparente esconde o plano de aplicação desses recursos?”
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