Economia
Obra da ponte para Itaparica começa
em 2014
Adriano Villela -Tribuna da Bahia
A assinatura de um termo de cooperação entre o Governo do Estado e as
prefeituras de Itaparica e Vera Cruz, ontem à tarde, é o passo inicial da
concretização do projeto da ponte interligando Salvador e a Ilha. Com orçamento
de R$ 7 bilhões e 11,7 quilômetros de comprimento, o equipamento começará a ser
construído em 2014, com previsão de entrega em 2018.
Após a assinatura do documento, ocorrida na Fundação Luís Eduardo Magalhães,
detalhes do Procedimento de Manifestação de Interessse (PMI) que subisidiou a
proposta da ponte foram apresentados à imprensa.
O secretário de Planejamento, Zezéu Ribeiro, explanou que o período 2011-2014
servirá para a elaboração dos estudos de Viabilidade Técnica e Financeira (EVTE)
e de Impacto Ambiental (EIA), projeto executivo, processo de licenciamento e
modelagem financeira. A ponte interligará a Via Expressa – obra em andamento,
visando ligar o porto à BR-324 -, no lado da capital, a Gameleira, em Vera
Cruz.
A ponte é uma ideia de 30 anos que agora começa a sair do papel. Serão seis
vias de circulação, com 700 metros de vão livre, altura de 70 metros no vão
central e 25 metros no canal central, além de 160 metros de trecho móvel,
visando eliminar danos aos usos atuais da Baía de Todos os Santos, como a
expansão do porto da capital e os estaleiros da Baía de Todos os
Santos.
Recursos federais, estaduais e privados vão financiar a
obra.
O governador Jaques Wagner pretende apresentar a proposta já finalizada à
presidente da República, Dilma Rousseff, em seu próximo encontro com a gestora.
Wagner assegura que há condições de garantir os recursos. “Não estão pensando a
Bahia com o tamanho que ela tem”, frisou. “Como diz o bom gestor, o que traz o dinheiro é o bom projeto”.
A previsão é de a gestão do equipamento seja pedagiada. Na parte
privada, a proposta é criar um fundo em que os cotistas adquiririam o direito de
construir nos municípios de Itaparica e Vera Cruz. A proposta,
explicou o governador, baseia-se na forma como foram recuperados o centro do Rio
de Janeiro, e a cidade de Beirute, capital do Líbano, no Oriente
Médio.
“Meu desejo é que a ponte seja chamada 2 de Julho. Como democrata, vou
consultar as câmaras das duas cidades e a sociedade”, concluiu Jaques Wagner. O
governador minimizou os riscos de a obra provocar uma especulação imobiliária.
Primeiro porque haverá revisão do PDDU e, em segundo lugar, a perspectiva de
maturação do desenvolvimento é de 20 anos. “Não é um período para especulador,
mas para investidor de longo prazo”.
A PMI que deu origem ao projeto do SVO foi iniciada em janeiro de 2010, tendo
como participantes o consórcio formado pelas empresas OAS, Camargo Corrêa e
Odebrecht Transport e o consórcio Planos Engenharia, integrado por Queiroz
Galvão e Carlos Suarez Participações.
Os dois grupos vão ratear um prêmio de R$
3 milhões, proporcional às contribuições de cada um ao projeto. Para a execução
da obra será necessária uma nova licitação.
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