sábado, 10 de setembro de 2011

Desenvolvimento do país na visão de empresário bem sucedido


Parte 02
 
Continuação da entrevista concedida João Cavalcanti
 
Qual a posição desta descoberta em relação a anterior?
 
A anterior está ao sul dela. A descoberta começa no município de Caetité. Esses corpos, por incrivel que pareça, estavam lá, quase livres. Nós fizemos um trabalho cientifico, de geofísica por um método eletromagnético. Quando a gente vai a campo, além da gente fazer o mapeamento básico terrestre e aéreo. E aí, conseguimos identificar novos corpos de minério de ferro, alguns expostos, outros cobertos. Mas a minha iniciativa é que esse novo depósito que eu estou chamando de Caetité Norte,possa ultrapassar em termos de volume e qualidade o da Bahia Mineração.
 
Você começou a pesquisar ele quando?
 
Comecei em Janeiro.
 
Você teve um período de quarentena?
 
Eu tive um período de quarentena chamado non-compete com o anglo-indiano, que é o grupo que hoje se chama ENRC. Até hoje eu não posso relatar como foi a operação.
Eu vendi 70% para este grupo, depois compraram mais 20% e, no final, compraram mais 10% e ficaram com a operação toda.
 
Não tem nada com a Bamin?
 
Não, só os bons amigos. Mas portas abertas.
 
O que você está planejando agora que pode voltar a pesquisar?
 
Eu sou sócio da Votorantim em dois grandes projetos, um no norte de Minas, de minério de ferro, em parceria com um grupo Chinês.
Nós vamos precisar do Porto Sul. Vamos  sair do norte de Minas, via minerioduto em aço, com diâmetro de mais de um metro, com polpa de 70% de minério de ferro e 30% de água.
Vamos trazer 30 milhões de toneladas para o Porto Sul.
Só que parte desse produto será utilizado  para a implantação de uma unidade pelotizadora, que é uma pré-siderúrgica em Itabuna.
 
Como está o andamento desse projeto?
 
No norte de Minas, a mina está sendo preparada. Agora estamos estudando a questão do mirerioduto, que é o mais econômico nesse caso. A tonelada vai sair por  US$0,86 . Se fosse transportar via ferrovia, tendo que construir uma ferrovia de Rio Pardo de Minas, depois chegar à (Ferrovia) Centro- Atlântica e pegar a Oeste/Leste e chegar ao Porto Sul, iria para US$52 por tonelada só de frete. No caso da Bamin é diferente. A ferrovia passa na porta dela. Vai sair, acredito por US$ 9,7 por tonelada.
 
Você dá a Ferrovia Oeste/Leste como certa?
 
A ferrovia é irreversível. Já visitei o canteiro duas vezes. È irreversível, principalmente até o Porto Sul.
 
Pensar grande vai intercalar sua opinião na entrevista acima, com o intuito de lembrar que o Oeste da Bahia com municípios importantes como Barreiras, São Desidério, Luís Eduardo Magalhães, Santa Maria da Vitória e tantos outros de forte pecuária e agricultura destacada produzindo o soja, algodão, milho, café e com agricultura familiar em pleno desenvolvimento tem a necessidade de que a Ferrovia Oeste/Leste, tão briosamente defendida há anos pelo hoje senador Walter Pinheiro, por nosso governador Wagner, tenha construída os trechos de Caetité a Barreiras/ São Desidério, com 465 km e dai a Figueirópolis em Tocantins com extensão nesse trecho de 524 km, se é que seu trajeto continua o mesmo.
 
Voltando a entrevista publicada no jornal A Tarde:
Quando?
 
A previsão é para 2012, no máximo 2013. A previsão da Bamin é entre 2013 e 2014.
Veja bem, O Brasil é um grande produtor de commodities minerais e agrícolas.
Com toda essa crise que está aí, o que salva a balança comercial é o minério de ferro e soja.
Nós temos que aproveitar a condição de grandes produtores dessas coisas para começar a ditar regras.
 
Mas a gente tem esse gargalo de infraestrutura.
 
Esse gargalo de infraestrutura precisa ser resolvido. Começa com a ferrovia e o Porto Sul. Eu não consigo entender como uma Estado que tem a maior costa brasileira não tinha um Porto decente. Aratu é um porto sucateado. Temos o Porto de Ilhéus, completamente obsoleto. Então, o Porto Sul hoje é estratégico para o Brasil. Na hora que o Porto Sul sair, só com as cargas da Bamin, são 20 milhões de toneladas, as cargas da Votorantim com mais 15 a 30 milhões de toneladas. Vem a carga de grãos do Oeste da Bahia com mais 4 ou 5 milhões de toneladas.
Vem provavelmente, a da Rio Tinto Zinco,produzida entre jaguaquara e Boa Nova. Devem sair dali de 5 a 10 milhões de alumina. Tem a da Magnesita, com mais 5 milhões de toneladas e as cargas da Bunge, que produz alimentos
Se contar esse projeto novo meu, ao norte de Caetité, que é uma associação com um grupo anglo-americano nós chegamos a 70 milhões de toneladas por ano movimentadas no Porto Sul.
 
Aguarde....Continua

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