Atualmente, recursos da DRU
--aprovada três vezes no governo Fernando Henrique Cardoso e duas no de Luiz
Inácio Lula da Silva-- ajudam a compor o superavit primário do governo, ou seja,
os recursos economizados para pagar juros da dívida pública. A última renovação,
que passou a desviar da área educacional, vale até 31 de dezembro deste ano. A
oposição quer que saúde e programas sociais também escapem do
mecanismo.
O primeiro passo para aprovar o mecanismo é a CCJ da Câmara aprovar sua admissibilidade nesta tarde. “A DRU já foi admitida cinco vezes, inclusive tinha outros nomes”, disse o relator da proposta, deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL). Para Alfredo Kaefer (PSDB-PR), “a DRU já fez sentido”, mas o governo quer “um cheque em branco apesar de ter orçamento equilibrado e política de estabilização para a crise”. Trâmite complicado A proposta de emenda constitucional exigirá mais adiante, se aprovada na comissão, o apoio de três quintos dos 513 deputados. A oposição já combate a iniciativa e o Palácio do Planalto tem pouco espaço para concessões em meio à crise internacional, conforme aliados da presidente admitem nos bastidores. Em 2012 as receitas desvinculadas serão de R$ 210 bilhões e cairiam para R$ 150 bilhões sem a DRU. Assim como nos últimos anos do governo Lula, a proposta a ser levada à Câmara nesta terça-feira não prevê desvinculação de nenhum recurso da educação nem do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Isso, no entanto, não arrefeceu o ânimo entre os oposicionistas, que impediram a votação na comissão no dia 13 de setembro. “Sem negociação de mais áreas sem desvinculação, vai ser no voto”, diz o tucano Kaefer. *Reportagem de Maurício Savarese - Publicado na Tribuna da Bahia |
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Governo articula para gastar como quiser R$ 60 bilhões do Orçamento 2012
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