quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Infraestrutura é um pilar importante da Economia.

Salvador necessita de uma sacudidela em suas estruturas de mobilidade urbana que envolva inclusive toda região metropolitana com projetos centrados no desenvolvimento que obriguem mesmo com alternância  do poder politico que não haja solução de continuidade nos projetos que causarão impactos positivos no socioeconômico transformando os municípios inseridos em bons lugares para se viver e trabalhar.
É preciso matar o ceticismo da população e realizar grandes obras como a ponte Salvador- Itaparica que levará o reaquecer do mercado imobiliário,gerando muitos empregos, nessa interligação do continente a  grande ilha e os efeitos do crescer com proteção ambiental, urbanístico, turístico e territoriais.
Pela opinião acima exposta é que sou plenamente favorável ao comentário publicado na Tribuna da Bahia, a qual vai abaixo transcrita:

Economia

Empresários são a favor da Via Atlântica Atlântica
Adriano Villela




Depois de o secretário de Desenvolvimento, Habitação e Meio Ambiente da prefeitura, Paulo Damasceno, defender a retomada do projeto da Avenida Atlântica, dirigentes do setor produtivo e profissional da área de arquitetura defenderam a necessidade do projeto de uma segunda via alternativa à Paralela – a primeira, a Linha Viva, encontra-se em fase de licitação.
“Hoje em dia fala-se muito em mobilidade. Não se pode prescindir de uma proposta que traga mais ordenamento ao tráfego”, afirmou o presidente do Sindilojas, Paulo Motta.
O setor de comércio e serviços é sempre atingido por engarrafamento, pois não funciona se o cliente não puder se deslocar. O presidente da Federação do Comércio (Fecomércio-BA), Carlos Amaral, elenca outras motivações para a retomada do projeto. “Não vou dizer que o comércio não é prejudicado. É sim, mas não só ele, isso é importante que se diga. Muita gente já mora na área da Estrada do Coco e enfrenta o tráfego na Paralela”, ressaltou.

Em entrevista à Tribuna, publicada na última segunda-feira, o secretário Paulo Damasceno reconheceu a necessidade de obras que melhorem a cidade e a qualidade de vida da população. A seu ver, a reação contra a Via Atlântica foi precipitada, pois as condicionantes ambientais são determinadas nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA-Rima), não autorizado pelo Comam, o que provocou a retirada da proposta pela prefeitura.

“O Eia-Rima é um trabalho técnico, de alta especialização. As pessoas (contrárias à Avenida Atlântica) se contrapuzeram a ideias, ainda nem era projeto, e sem buscar um conhecimento mais acurado”.

Carlos Amaral observa que em dias de jogos nos estádios Barradão ou Pituaçu – ambos com acesso pela Paralela -, o trânsito na Avenida Luiz Viana Filho fica paralisado desde às 19 horas num jogo que comece duas horas depois. Para viajar de avião, o presidente da Fecomércio enfrenta gargalos se o voo for a partir de 7 horas da manhã.

“O trânsito está assoberbado. Se não houver uma medida alternativa, vamos viver momentos ainda piores. Acho correto (o projeto da Via Atlântica). Toda medida que vier a melhorar o tráfego é necessária”, arrematou

Proposta em Janeiro de 2010, no âmbito do Masterplan Salvador Capital Mundial, a Avenida Atlântica ligaria as avenidas Luís Eduardo Magalhães à Orlando Gomes, passando pelos bairros do Imbuí, Boca do Rio, Pituaçu, Patamares, Alto do Coqueirinho e Bairro da Paz.

Possuiria 14,6 quilômetros, em três faixas de rolamento em cada sentido. Foi concebida junto com a Linha Viva, que ligará a Rótula do Abacaxi à Paralela. Este segundo projeto terá continuidade – encontra-se na fase de licitação -, mas a Avenida Atlântica encontrou barreiras no Conselho de Meio Ambiente do Município (Comam).

Saturamento da Avenida Paralela

Tanto Amaral como Paulo Motta fazem coro a Damasceno quanto à necessidade de se preservar o meio ambiente – o projeto inicial da Avenida Atlântica corta os parques de Pituaçu e da Lagoa Encantada. Motta pondera, por outro lado, que estudos devem ser feitos visando apontar as condicionantes ambientais, a exemplo de replantio de mudas ou medidas de preservação das margens.

“O projeto precisa ser repensado e examinado para que se resolva essa questão e definir que compromissos se deve fazer para preservar o meio ambiente. O que não pode é travar o desenvolvimento da cidade”.

Conforme o dirigente do Sindilojas, ao longo dos anos várias atividades se desenvolveram nas laterais da Avenida Paralela – tanto comerciais, como os shoppings e casas de material de construção, quanto públicas, a exemplo do Centro Administrativo -, justificando uma via alternativa à Luiz Viana Filho. “Para o comércio, a Avenida Atlântica seria importante pois facilitaria o acesso do consumidor”, argumentou.

“Todos os dois projetos (das duas novas vias) causam impacto. Os estudos que tipo de impacto aconteceria e como mitigá-lo”, avalia o arquiteto Antônio Caramelo. O profissional lembra que o parque da Lagoa Encantada ainda não foi demarcado - o processo para a delimitação da área de proteção ambiental já foi iniciado pela Secretaria de Desenvolvimento, Habitação e Meio Ambiente (Sedham). Estes dois aspectos, contudo, não inviabilizaria o projeto, e sim demandam estudos e cuidados. “É preciso de uma resposta rápida e séria. Que a Paralela precisa de uma solução é indiscutível”, reforçou.

Antônio Caramelo ressalta que a Avenida Paralela é hoje a única saída para o Litoral Norte. “Salvador não tem uma via estruturante nova há 30 anos. Quando eu falo em estruturante, digo uma obra com porte, fluxo de carros e impacto para resolver um gargalo. A última foi na Rótula do Abacaxi, a subida para o Cabula”, recorda ele.

O arquiteto também concorda com a preocupação ambiental. A Paralela, acrescenta ele, foi criada para ser uma via expressa, perdendo essa condição após a implantação de sinais e intervenções como entradas e saídas para as regiões da cidade cortadas pela avenida. Sobre a ponte prevista para o Parque de Pituaçu, o arquiteto aponta a incidência de ventos com salitre que encareceriam a manutenção da futura avenida, porém não inviabilizaria o projeto.

A retomada do projeto da Avenida Atlântica gerou reações também na Tribuna Online (www.tribunada bahia. com.br). O ex-secretário de Desenvolvimento, Habitação e Meio Ambiente e professor da Escola de Administração da Ufba, Antônio Eduardo Abreu, afirmou que a via “é um projeto fundamental ao desenvolvimento urbano de Salvador”. “Tudo é pouco face ao que Salvador precisa e merece”.

O saturamento da Avenida Paralela foi destacado ainda pelo deputado Sidelvan Nóbrega, que procurou a Tribuna da Bahia para propor intervenções relacionadas à Avenida 29 de Março, que ligará a Paralela à BR-324. “As obras encontram fundamento no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município (PDDU), que visa melhorar o escoamento do trafégo na cidade do Salvador, resolvendo o “gargalo” que existe no eixo do Iguatemi e da Avenida Paralela”.

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