sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Lula pede que brasileiros rezem por saúde de Dilma


Veículo: Folha de São Paulo
Caderno: Política
Breno Costa
Enviado especial a Petrolina(GO)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje aos brasileiros que rezem para que a presidente eleita Dilma Rousseff tenha saúde para governar.

"Primeiro eu quero que vocês apoiem a presidenta Dilma. Apoiar ela de coração. Segundo, a gente tem sempre que estar fazendo a nossa reza para que ela [Dilma] esteja com saúde e que ela possa fazer mais e melhor do que eu fiz", discursou o presidente, durante entrega de um trecho incompleto da ferrovia Norte-Sul, ligando Palmas (TO) a Anápolis (GO).

No ano passado, Dilma chegou a passar por um tratamento com quimioterapia contra um câncer linfático. Os médicos retiraram, em abril de 2009, um tumor de dois centímetros da axila da então pré-candidata à Presidência. Depois do tratamento bem sucedido, Dilma declarou estar curada do câncer.

O presidente, em seu discurso, não mencionou o seu vice, José Alencar, que está novamente internado na UTI do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após passar por nova cirurgia de emergência na noite de ontem.

OBRA INACABADA

Na cerimônia, realizada no município de Petrolina (GO), o presidente chegou a descerrar a placa de inauguração do trecho da ferrovia Norte-Sul, com 1.100 km, mas a operação nos trilhos só deve começar em abril do ano que vem. Cerca de 260 km, espalhados por diversos pontos do trecho, ainda não estão prontos.

Na cerimônia, iniciada com duas horas de atraso, cobertas por um show de sertanejo, forró e axé de uma casal de cantores que se apresentam em festas locais, o presidente Lula fez um discurso curto para seus padrões, de 11 minutos --mesmo tempo do pronunciamento à nação que será exibido hoje, às 20h, em rede nacional.

O presidente chegou a comparar o ritmo de construção da ferrovia Norte-Sul, na sua gestão, com os governos anteriores, inclusive citando nominalmente os hoje aliados José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL).

Lula, num elogio à relação que diz ter estabelecido com empreiteiras, afirmou que hoje as empresas não precisam mais pagar propina para receber por contratos assinados com o governo.

"Não tem que ficar, como antigamente se fazia neste país, tentando passar propina para alguém intermediar quando ele queria receber o dinheiro que o governo deveria pagar", disse.

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