terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Dilma, as pressões, os desafios e a economia do mundo...

As pressões políticas herdadas do governo Lula, as inúmeras promessas e comprometimentos da campanha e os ensaios de uma inflação maior do que patamar de 2010 é parte dos desafios que o governo Dilma terá pela frente, tendo que vencer.

Quanto à inflação é normal que aconteçam periodicamente aumentos de preços de produtos agro-pecuários, que faz reduzir o poder de compra da moeda; recentemente registramos a elevação nos preços de carnes (boi e frango).

Tal fato alterou a meta de Inflação para 2010 que inicialmente era prevista para 4,5% ao ano, com uma variação de até dois p.p para mais ou para menos e o IPCA já é previsto para 5,9%, em verdade superior ao percentual de reajuste do Salário Mínimo.

A previsão para 2011 por enquanto é de 5,31%.

O Brasil na condição de emergente tem que buscar um nível de inflação girando em 3% ao ano, percentual praticado pelos paises desenvolvidos.

Temos a continuidade do Ministro da Fazenda, no BC Tombini que já integrava essa organização e sabedor das necessidades da convivência de uma inflação controlada, com o desenvolvimento, isso tudo sem ficar alheios a situação da Economia mundial, muito principalmente do mundo Europeu e dos EUA onde a situação é ainda muito difícil conforme pode ser constatado pelas medidas adotadas.

Era da Austeridade nos paises Europeus, como Irlanda – Reino Unido – Alemanha – França – Portugal – Itália – Espanha e Grécia, onde de uma forma geral ocorreram cortes nos serviços públicos e redução de investimentos, mais com menos elevação de impostos.

Irlanda, Reino Unido, Alemanha praticaram demissões de funcionários, na França reforma da previdência, em Portugal redução de auxilio maternidade e outros benefícios sociais para os pobres e maior rigor na concessão de seguro desemprego, na Itália redução e cortes de salários no setor público, redução de aposentadorias, na Espanha funcionários públicos com cortes de 20% em salários, congelamento de salários em outros funcionários e na Grécia fim do bônus ao funcionário público, congelamentos de salários e pensões do setor público, adiamento de aposentadorias, com medidas pelo prazo de pelo menos três anos.

Será que isso não é crise?

A sensatez me leva acreditar que os integrantes do Congresso do Brasil não acreditam nos reflexos que a situação da Economia do mundo pode exercer pressões sobre o Brasil e talvez a isso o que se viu?

O Congresso aumentando seus salários em torno de 62%, que puxará em cadeia as majorações nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores dos mais de 5.000 municípios do país.

Estudantes fizeram uma manifestação em Brasília contra essa vergonheira e isso tende a crescer é só aguardar... O povo está atento e os aposentados de maior beneficio de que o Salário Mínimo poderão auferir reajuste inferior à inflação do período o que seria o fim da picada.

Uma coisa é fato temos que conter os gastos públicos sem reduzir os investimentos em Infraestrutura principalmente no Nordeste e Norte do pais, que precisam de melhores e mais Rodovias, novas Ferrovias e adequação das existentes para seu crescimento e funcionamento, ampliação e requalificação e construção de novos de Portos e Aeroportos, pois nossa Economia não pode ser paralisada sob pena de concorrer para aumentar mais ainda a imensa desigualdade existente no país, apesar das realizações do governo Lula.

As razões das ameaças da Inflação no Brasil são originadas de vários fatores tais como:

a) O mundo comprando mais;

b) Brasileiros chegando à classe média (cerca de 25 milhões);

c) Governo injetando dinheiro na Economia.

Efetivamente, tais fatos precisam ser apreciados de forma cientifica e considerando cada região brasileira.

Ontem a China hoje o país que mais exporta, com o maior PIB, tomou medidas para conter a inflação (isso é assunto para outros comentários).

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