terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Wagner intensifica negociação com partidos aliados

Política
Wagner intensifica negociação com partidos aliados

Fonte: Tribunada Bahia -Lílian Machado


Enquanto, no plano nacional, o novo Ministério foi anunciado, o presidente Lula se despede do Palácio do Planalto e tudo gira em torno dos preparativos para posse da nova presidente Dilma, na Bahia as peças do jogo ainda estão sendo arrumadas.

Na última semana do ano, o governo baiano tem tratado de arrematar os possíveis nomes com os dirigentes das legendas que comporão a nova gestão. Para isso já conversou com as lideranças dos dez partidos que compõem a base governista.

Nessa tarefa, quem está à frente é o atual secretário de Relações Institucionais, ex-coordenador da campanha vitoriosa à reeleição petista, Cezar Lisboa.
 O próximo passo será levar as reivindicações das siglas para o governador Jaques Wagner (PT), que sentará com todos após as festas de final de ano.
A expectativa é de que os nomes que vão formar a equipe do governo Wagner só sejam anunciados a partir do dia 03 de janeiro.

Em conversa com a reportagem da Tribuna da Bahia, ontem, o secretário Cezar Lisboa disse que já conversou com os presidentes das legendas que formam a cúpula do governo.

Segundo ele, foram discutidos os critérios que envolvem os cargos, principalmente regionais, no entanto ainda não há uma definição exata dos nomes. “Com alguns partidos, inclusive, tivemos mais de uma rodada de conversa, mas o governador irá bater o martelo sobre os nomes e os cargos após a posse”, afirmou.

Segundo Lisboa, está sendo analisado o peso de cada partido individualmente e a representatividade no governo.

“Como a transição ocorre por dentro, não é no mesmo nível da transição da Presidência - que sai o presidente Lula e entra a presidente Dilma. Estão sendo feitos ajustes”, enfatizou, deixando claro que têm sido apresentados os nomes possíveis para compor os cargos.

Nessa formação, segundo o secretário, além do perfil técnico, tem sido analisado o perfil político. “Um bom perfil será aquele que agregue qualificação técnica, mas também aquele que tenha acento político,” frisou. Ainda conforme Lisboa, uma das prioridades do governador é a de apresentar uma gestão que possa ser bem avaliada. “Tenha força e visibilidade”, pontuou.

Questionado sobre os nomes apontados pela imprensa, o secretário disse que já houve distorções e preferiu ainda se resguardar sobre a questão. “O governador irá trabalhar sobre isso na próxima semana”, restringiu.

O presidente do PT baiano, Jonas Paulo, confirmou que já houve uma conversa do governo com as siglas.

“Tudo tem sido de forma tranquila e sem pressão. Tem a cota pessoal do governador e a cota pessoal do PT. Mas vamos dialogar mais para que seja definido a nossa participação. A executiva já discutiu o assunto com o secretário Cezar Lisboa e com o próprio governador, que definirá a questão”, afirmou, sem querer citar os supostos nomes apresentados pela legenda petista.

Possíveis apostas

No rol dos nomes certos para permanecer no governo petista, está o do secretário de comunicação do governo, assessor geral da Agecom, Robinson Almeida, o da chefe da Casa Civil, Eva Maria Chiavon, e César Nunes, da Secretaria de Segurança Pública. Dos nomes especulados a não continuarem na gestão de Wagner, está o do secretário de Cultura, Márcio Meirelles.

Devem permanecer na equipe do governo ainda, o secretário de Saúde, Jorge Solla, o secretário de Relações Institucionais, Cezar Lisboa, e Edmon Lucas, atual secretário de Desenvolvimento e Integração Regional.

É cogitado também que haja permanência dos nomes no alto escalão, porém em lugares diferentes do primeiro mandato. Especula-se que na composição de sua equipe de gestão, o governador irá valorizar mais a “meritocracia” do que à articulação política.

Entretanto, é certo que ele tem avaliado particularmente o desempenho de cada secretaria ao longo dos últimos quatro anos.



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