quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Lula assinou MP com salário mínimo a R$ 540, diz Mantega

Segundo o ministro da Fazenda, definição do valor é positiva para economia porque evita um impacto forte no déficit da Previdência



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quinta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a medida provisória (MP) que fixa o salário mínimo em R$ 540 para 2011.

Ele salientou que a definição desse valor é positiva para economia porque evita um aumento muito forte no déficit da Previdência e, ao mesmo tempo, preserva o poder de compra do piso salarial do País que, segundo Mantega, teve o maior crescimento da história nos últimos oito anos. "Com um mínimo de R$ 540, não teremos pressão tão grande na Previdência, o que ajuda no equilíbrio fiscal."

Em relação a um possível impacto de um reajuste menor do salário mínimo (do que ocorreu nos outros anos) na inflação, Mantega preferiu dizer que em 2011 haverá uma redução no nível de atividade da economia brasileira, o que naturalmente já ajuda a controlar a inflação.

Ele destacou que a inflação "nunca saiu do controle" e que tem oscilações sazonais, puxadas por commodities e alimentos. Segundo ele, se descontar o impacto dos alimentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação neste ano ficaria abaixo de 5%. "Para o próximo ano, a inflação estará controlada".

Texto:

Um comentário:

Notícia em Verso disse...

Foi definido o tradicional aumento
R$ 30 a mais para quem o tem como sustento
Abaixo do que o DIEESE define como ideal
Para Mantega: dentro do possível, do legal

Já se vão 75 anos desde que Getúlio o criou
Um parâmetro mínimo de dignidade ele implantou
Se é verdade que a iniciativa é nobre e válida
Tal salário nunca atendeu à necessidade básica

E aí não é uma questão de má vontade
Hoje, é de análise, conta, possibilidade
Não adianta se definir o quanto quer ganhar
Se a pequena empresa sequer conseguir pagar

Desonerar a folha seria excelente saída
Mas nada foi feito pelo governo que está de partida
Assunto espinhoso, sim, difícil de tratar
Que sequer tiveram coragem de enfrentar

Com esse, são 19 aumentos na era do Real
Apesar do último acréscimo ser irreal
Pois tão somente se ajusta à inflação
Para as contas públicas não sofrerem implosão

(noticiaemverso.blogspot.com)