quarta-feira, 29 de maio de 2013

Aeroporto em Feira de Santana

 

Contrato de concessão possibilita reforma e ampliação do Aeroporto de Feira de Santana

Com quase 700 mil habitantes, Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, vai entrar na rota de vôos comerciais. Foi assinado, nesta quarta-feira (29), pelo governador em exercício e secretário da Infraestrutura, Otto Alencar, o contrato de concessão entre a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) e Aeroporto Feira de Santana S.A. (AFS), empresa que realizará obras de reforma e ampliação do Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana, onde foi realizada a solenidade.

O contrato de concessão remunerada de uso do Aeroporto João Durval Carneiro prevê ampliação, administração, operação manutenção e exploração comercial das áreas e serviços. O valor estimado do contrato é de R$ 50 milhões. Segundo Alencar, o contrato é de 25 anos e confere à empresa, além de direitos, a responsabilidade de realizar modificações e melhorias no terminal.

“Foi feita uma licitação e esta empresa ganhou, com isso eles terão de fazer investimentos, a exemplo da pista, que será alargada, e construção de um novo pátio de aeronaves e um novo terminal de passageiros. Em oito meses, aproximadamente, o terminal deverá estar em condições de receber aeronaves que operam na extensão de 1.500 metros. Posteriormente, eles devem realizar outras ampliações”, informa o governador em exercício.

As modificações vão atender cerca de 400 mil pessoas que poderão seguir diretamente para outros estados sem precisar passar por Salvador. A previsão é que, em menos de um ano, o local tenha vôos regulares, como explica o diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa. “A empresa concessionária já está fazendo contatos com as empresas aéreas para operarem vôos, grande parte deles destinado a São Paulo e Rio de Janeiro, e com empresas que poderão fazer conexão aqui em Feira”.
Terminal de cargas
Além de facilitar o deslocamento dos moradores do município e de comunidades do entorno, o terminal servirá de apoio ao Aeroporto Internacional de Salvador, e também vai contribuir para o abastecimento do polo logístico da região, com recebimento de cargas. “O terminal deve receber cargas de valor agregado, como as da indústria farmacêutica, produtos eletrônicos, perfumaria, entre outros, evitando assim a malha rodoviária e diminuindo os custos com transporte”, destaca o presidente das Associações Comerciais do Estado da Bahia, Cloves Lopes Cedraz.

“As centrais de distribuição de diversas empresas estão em Feira de Santana, empreendimentos atacadistas que necessitam de maior velocidade na entrega dos produtos. Eu acho que o aeroporto vem em um momento muito bom para o desenvolvimento da economia regional. Algumas empresas hoje reclamam, sobretudo, do transporte rodoviário, que já se torna caro, deficitário e atrasa a entrega de produtos e encarece o custo da produção”, diz Cedraz.
AGECOM

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