terça-feira, 28 de maio de 2013

Estudos da ponte Salvador-Itaparica terão início até julho

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No mês de julho devem estar definidas e contratadas as empresas que farão os estudos da Baía de Todos-os-Santos para a construção da ponte Salvador – Itaparica, que integra um plano de desenvolvimento que engloba a Região Metropolitana de Salvador (RMS), Recôncavo e Baixo Sul. Estão em tramitação os processos licitatórios que escolherão as empresas responsáveis pela sondagem, elaboração do projeto básico de engenharia e pelos estudos de impacto ambiental e os planos urbanísticos.
Estudos da ponte Salvador-Ilha de Itaparica terão início até julho | Crédito: Lucas Peixoto
Estudos da ponte Salvador-Ilha de Itaparica terão início até julho | Crédito: Lucas Peixoto

Essas serão as próximas etapas do projeto do qual faz parte a ponte. A exposição do momento atual do projeto e o seu escopo global foram apresentados hoje (28) pelo secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, que participou da abertura do ciclo de debates promovido pela Associação Baiana de Imprensa (ABI).
O presidente da entidade, Walter Pinheiro, destacou a proposta da ABI de promover discussões sobre projetos de interesse para o desenvolvimento do estado. “É um fórum de debates aberto à sociedade. E a ponte é um projeto relevante, pois tem aspectos econômicos, ambientais e de mobilidade”, pontuou Pinheiro.
Gabrielli traçou um paralelo entre o projeto de desenvolvimento para o Estado atual e aquele gestado pelo economista Rômulo Almeida, na década de 50. Considerado como o precursor do planejamento econômico da Bahia, Almeida traçou um modelo de desenvolvimento  ao norte da Baía de Todos-os-Santos, o qual seria integrado a um polo Feira de Santana, onde haveria um predomínio da agricultura e da indústria de laticínios. Esse projeto criou necessidades logísticas, o que levou à duplicação da BR 324.
O plano elaborado por Rômulo Almeida, o Plandeb, foi enviado para a Assembleia Legislativa da Bahia, em 1959. Porém, devido a uma manobra do então governador Juracy Magalhães, o plano não foi aprovado. Apesar disso, observa Gabrielli, a construção do anel rodoviário é fruto dessa concepção, integrando municípios com Simões Filho, Camaçari, Catu, Pojuca, Candeias e São Sebastião do Passé.
Da mesma forma, explica o secretário, a ponte visa ser um canal de integração para fomentar o desenvolvimento do Baixo Sul do estado, região onde estão concentrados os piores índices de desenvolvimento humano. “A ponte pretende reforçar e mudar o fluxo de movimentação em relação do sul, dando um novo dinamismo econômico”, diz Gabrielli.


PROJETO – A previsão é que no primeiro trimestre de 2014 seja lançado o edital para concessão da ponte Salvador-Itaparica. O cronograma de ações de 2013 inclui a publicação de editais para contratação de estudos de engenharia e de impactos ambientais, masterplan urbanístico, bem como um plano de atração de indústrias aliado a uma estratégia de desenvolvimento social.
Para a construção da modelagem econômica e financeira, criação de plano de desenvolvimento da região e apoio aos estudos técnicos a serem realizados, o Governo do Estado, com coordenação da Secretaria do Planejamento (Seplan), conta com o auxílio da McKinsey & Company, uma consultoria internacional com ampla expertise em projetos de desenvolvimento, infraestrutura e financiamento para governos em todo o mundo.
A ponte Salvador-Itaparica é parte de um projeto indutor de desenvolvimento econômico e social, que é o Sistema Viário Oeste (SVO), cujo objetivo é criar um novo dinamismo no eixo litorâneo sul, permitindo o surgimento de um novo polo industrial e logístico na Região Metropolitana de Salvador (RMS), ancorado por investimentos já em curso (estaleiros em São Roque do Paraguaçu) ou projetados (nova retroárea do porto de Salvador).
A previsão do projeto é de um investimento de aproximadamente R$ 7 bilhões, sendo que engloba a construção da ponte, duplicação das rodovias, desapropriações e investimentos em infraestrutura. “A viabilidade econômica do projeto passa por recursos federais, recursos de endividamento, de cobrança de pedágio e aproveitamento de parte dos ganhos imobiliários com a valorização que virá desse empreendimento. Teremos valores mais precisos e detalhados após a conclusão do projeto básico de engenharia, que será licitado no segundo trimestre de 2013”, ressalta o secretário José Sergio Gabrielli.
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