As vendas no comércio baiano vem desacelerando desde outubro de 2012. Até janeiro, o que se verificava era um redução nas taxas de crescimento, mas a partir de fevereiro, começaram a se registrar quedas nas vendas, de 4,9% naquele mês e 0,2% em março, sempre em relação ao mês anterior.
Esse fraco desempenho tem relação com as vendas de combustíveis e com o menor crescimento nas vendas de veículos e materiais de construção, mas, de todo modo, a tendência a desaceleração que hoje se verifica, não retrata apenas o baixo crescimento econômico que ainda se verifica no país, mas também a necessidade do comércio baiano se modernizar e ter maior capacidade de oferecer novas estrátegias de vendas e preços competitivos que atraiam o consumidor.
É verdade que a seca que atinge o semiárido baiano e que reduziu a renda do trabalhador agrícola teve impacto na redução da atividade comercial e isso pode estar influenciando os resultados. É possível, por outro lado, que em abril e maio tenha ocorrido alguma recuperação, até porque maio é tradicionalmente o melhor mês para o comércio baiano.
Mas, além dos fatores conjunturais, é patente a necessidade de modernização das práticas varejistas na Bahia e em Salvador, que ainda se pautam por velhos modelos de marketing, por liquidações repetitivas e sem efetiva baixa de preços, por modelos de negócios que privilegiam o ganho através do aumento de preços em detrimento do volume de vendas.
Enquanto na Bahia ainda faz comércio como antigamente, a atividade está em processo acelerado de modernização e o advento da internet, do comércio eletrônico e dos sites de comparação de preços estabeleceu novos paramêtros e está a exigir novas estratégias de vendas.
O fato é que o comércio tornou-se globalizado e as empresas baianas ainda permanecem com estratégias locais, por isso precisam modernizar-se, adotar novas estratégias de vendas e estar abertas para o novo, senão continuarão sendo vendidas aos grandes grupos multinacionais.
Armando Avena
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