quarta-feira, 6 de abril de 2011

NOVOS DESAFIOS


Em 1º discurso a militares, Dilma diz que país corrigiu caminho

Para uma plateia de 70 oficiais-generais das três Forças Armadas, a presidente Dilma Rousseff, presa e torturada durante a ditadura militar (1964-1985), afirmou que o país "corrigiu seus próprios caminhos", numa "evolução democrática da sociedade brasileira".

"Um país que conta, como o Brasil, com Forças Armadas caracterizadas por um estrito apego a suas obrigações constitucionais é um país que corrigiu seus próprios caminhos e alcançou um elevado nível de maturidade institucional", disse a presidente, que também é comandante-em-chefe das Forças Armadas, em cerimônia de apresentação de novos oficiais-generais.

Foi o primeiro evento desde a sua posse no qual Dilma discursou diretamente para os militares. Durante o regime militar (1964-1985), ela ficou presa por três anos por participação em uma organização que lutou contra o regime.

No discurso, a presidente não fez maiores menções ao período ditatorial no país. Também não citou um dos pontos de polêmica na sua relação com Exército, Marinha e Aeronáutica: o projeto de lei, apoiado pelo governo, que cria a Comissão da Verdade, para apurar responsabilidades por torturas praticadas por agentes do Estado durante o regime militar. O projeto está em tramitação na Câmara.

Aos militares, e ao lado do ministro Nelson Jobim (Defesa), Dilma afirmou a importância de Forças Armadas bem equipadas e treinadas. Chegou a citar o pré-sal como um dos novos desafios para os militares.

"As riquezas do pré-sal, descobertas nas profundezas do Atlântico, que impõem um no estágio para as forças de defesa, a garantia efetiva da soberania nacional pela proteção das nossas fronteiras, tanto no oceano como também na Amazônia, se transformaram na prioridade da nossa estratégia de defesa", afirmou.

"Um Brasil plenamente desenvolvido precisará de Forças Armadas equipadas, treinadas, modernas para o cumprimento de suas funções", declarou.
"A defesa não pode ser considerada elemento menor da agenda nacional."

No entanto, os movimentos do governo Dilma nestes três primeiros meses de governo não sinalizam nessa direção.
 O Ministério da Defesa foi um dos mais atingidos pelo corte determinado pela equipe econômica no Orçamento deste ano. A tesoura na Pasta de Jobim pode chegar a R$ 4,38 bilhões.

Em seu discurso aos oficiais-generais, Dilma ainda falou na necessidade de uma "força de dissuasão convincente". Contudo, um dos efeitos do corte foi justamente o adiamento, para 2012, da definição acerca da compra de 36 novos caças para renovar a frota da Força Aérea Brasileira.

Com agências noticiosas

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