Tribuna da Bahia
Moradores da Península Itapagipana estão em comemoração por conta do novo projeto de revitalização da Praça Irmã Dulce, localizada no largo de Roma.A obra prevê melhorias no local e também no trânsito das imediações da Praça. Além disso, vai haver também a inclusão de mais espaços de lazer e entretenimento, deixando um atrativo a mais para o turismo religioso, que deverá aumentar naquelas imediações ainda este ano, já que a freira vai ser beatificada em maio próximo.
“Teremos um incremento sicio-econômico de todo o entorno com a reforma da Praça, já que vai estar mais pronta para receber os turistas. E para isso serão colocados mais negócios como lojas de souvenir e lanchonetes aqui pelo entorno incrementando os negócios”, disse o assessor de memória e cultura das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), Osvaldo Gouveia.
De acordo com ele, a revitalização vai possibilitar ainda uma melhoria em todo o ambiente. “Criando um clima mais agradável. Afinal aqui é a porta de entrada da Península Itapagipana”, acrescentou se referindo as melhorias que a nova Praça vai possibilitar.
O que também foi destacado pelo diretor da Fundação Norberto Odebrecht, Joaquim Cardoso, a obra vai permitir a melhoria do acesso às imediações do santuário, “inclusive com uma plataforma de embarque e desembarque de ônibus de turismo”.
O projeto consiste em uma nova Praça Irmã Dulce e deverá custar aproximadamente R$200 mil. A revitalização foi doada pelo empresário Norberto Odebrecht, através da Fundação Norberto Odebrecht. As obras vão custar também cerca de R$ 5 milhões ao Ministério do Turismo, captados pela Secretaria Estadual do Turismo (Setur).
A Fundação Mário Leal Ferreira foi responsável por um projeto de urbanização no local ainda vai receber o novo projeto, assim como a superintendência das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). Para a execução das obras, os documentos deverão ser enviados para a Caixa Econômica Federal, a fim de analisar e fazer alguma observação necessária.
Antes da assinatura da ordem de serviço vai acontecer a licitação. As intervenções devem ser concluídas 90 dias após o início das obras.
Conhecida como “Anjo Bom da Bahia”, a freira, iniciou os trabalhos no local ainda na década de 40, andava pela vizinhança e por locais mais distantes arrecadando donativos para os enfermos e moradores de rua, o que fez até a década de 70. O material recolhido minimizava a dor daqueles que necessitavam de ajuda. O trabalho acontece ainda sendo realizado pela Osid.
A freira criou ainda o Hospital Santo Antônio que até os dias atuais atende apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como batalhou, trabalhou e idealizou Irmã Dulce. Prevista para o próximo dia 22 de maio, a beatificação de irmã Dulce vai contar com a presença de familiares da venerável, além de fieis, amigos, religiosos e políticos.
Nascida em 26 de maio de 1914 em Salvador, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes iniciou os trabalhos religiosos aos 13 anos, quando transformou a residência da família, na Rua da Independência, Centro, num centro de atendimento às pessoas carentes.
No dia 8 de fevereiro de 1933 Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe. Pouco mais de um ano depois, aos 20 anos, foi ordenada freira, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe.
Irmã Dulce sempre concentrou seus trabalhos na população carente da Cidade Baixa, onde também é a sede da Osid e está localizada no bairro de Roma. Ela inaugurou ali o Hospital Santo Antônio, voltado inicialmente para tratar e abrigar a população em situação de rua de toda a cidade. A semente plantada pelo “Anjo Bom da Bahia” continua dando frutos a cada dia.
A Osid foi criada pela própria Irmã Dulce, e é a maior instituição filantrópica do País, com cerca de três mil profissionais que atuam nos núcleos de apoio à população de baixa renda, nas áreas de saúde, assistência social e educação.
A Osid atua ainda em pesquisas científicas, ensino médico e na difusão da história da religiosa.
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