Viagem de Salvador a Itaparica...a solução é a Ponte.
Capitulo II-
Em principio o caminho muito mais curto é aquele que saindo do Terminal maritimo de São Joaquim atravessando o mar da Baía de Todos os Santos (a maior do mundo navegável em qualquer época do ano) chegaria ao Terminal de Bom Despacho na ilha de Itaparica, na dependência da embarcação que fosse usada de 30 a uma (1) hora.
Entretanto a historia é muito outra, a quantidade de embarcações é insuficiente, as condições precárias das mesmas é a olhos vistos, com direitos a quebras, paradas, derivas, desvio de rumo o que representa um verdadeiro caos. Tudo isso sem levar em conta as enormes filas onde a espera tem chegado há quatro e cinco horas.
Essa coisa vem acontecendo há anos,pois já levei em época passada quando ainda o serviço era prestado pela navegação baiana e nem me lembro quem governava a Bahia mais de seis horas voltando da ilha para Salvador, quando imaginei ser muito mais seguro não usar as estradas existentes na época.
Volto ao foco que é a viagem de Salvador a Itaparica e há rotas alternativas usando estradas de rodagens que passo a descrever adiante:
Caminho 1 : - percurso 278 km
Começa pela a BR-324 e segue até o entroncamento de Conceição do Jacuipe, aí pela a BR-101 e vai até Santo Antonio de Jesus, entra na BA -028 até Nazaré e dai rumo a ilha usa a BA-001 (como elemento esclarecedor essas estradas estão inseridas nas intervenções construtivas do Sistema Viário do Oeste, incluindo a Ponte de Salvador a Itaparica e sem exageros o tempo a ser gasto nesse percurso está entre 3 a 3:30 h;
Caminho 2 : - percurso 220 km
Saí de Salvador também usando a estrada BR-324, entra na rodovia BA-026 passando por Santo Amaro e chegando a Cachoeira, Nazaré, Maragogipe, Nazaré e dai pela BA -001 chega a ilha e a Bom despacho.
Na dependência do veiculo a ser utilizado e ao combustível empregado o seu custo em gira entre R$50 a 80,00,
Qualquer dessas alternativas é mais arriscada e estressante de que a travessia usando o Ferry Boat, pois demora muito mais tempo em direção do veiculo em estrada intensamente movimentada e também temos que considerar a demora se houver grandes filas para o embarque em Salvador, independente do péssimo serviço prestado pela TWB.
O último acontecimento ocorrido de pane na travessia aconteceu com o moderno Ivete Sangalo que saiu do Terminal de São Joaquim e só aportou as 8,45 h em Bom despacho, levando 1 hora e 45 minutos quando em condições normais leva em torno de 30 minutos e isso se deveu a sua parada ficando a deriva no meio da travessia.
Qual a distância em linha reta entre os dois Terminais marítimos ( o de Salvador e o da ilha de Itaparica)?
O contrato estabelecido entre o governo da Bahia antes do mandato de Wagner com a TWB tem a duração de 25 anos e é previsto possíveis alterações a cada 5 anos.
Será que pode haver o distrato do contrato existente?
Como já me pronunciei a solução definitiva é a construção da Ponte Salvador a Itaparica e todo o Sistema Viário do Oeste, mas é lógico se esperar drásticas medidas para a solução no agora até que se realize a construção desse grande empreendimento que trará lucros a todos os participantes; governo, investidores e o povo usuário desse modal de transporte seja o passageiro em viagem sem uso de veículo e/ou aquele motorizado.
Lutar contra o raciocínio lógico de se construir uma Ponte é por-se na contra mão da história, contra a visão correta e futurista, além de se colocar contra toda a abrangência dos benefícios que dela advirão.
Chega de lero- lero e lenga - lenga... a Ponte sempre foi questão de tempo, e esse tempo é exatamente agora e sua construção independe da melhoria do sistema atualmente usado com o Ferry - Boat que deve ser imediata.
Entendo que os investidores de países como a China, Alemanha, EUA, países árabes, que buscam aplicações seguras para seus capitais não deixarão passar essa oportunidade de se aliar a lucros certos com investimentos desse patamar.
Um comentário:
Parte da população da Bahia quer que Salvador e Itaparica assumam o seguinte lema: PROGRESSO É CONSTRUIR A PONTE.
Quando o assunto é a Ponte Salvador-Itaparica observamos idéias que lembram discursos da década de 20: “governar é construir estradas”.
No que tange o conhecimento dos fatores daquilo que está para ser feito e seus respectivos efeitos parte da nossa população tem comportamento semelhante ao do povo que participou da Revolta da Vacina em 1904. Na epóca “a recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.” Hoje grande parte da população é a favor do movimento “PONTE JÁ” pois não conhece as vantagens geradas pela utilização desses recursos numa ampla REFORMA URBANA E SOCIAL em Salvador e em Itaparica, muito mais vantajosa que uma ponte neste momento da história. Portanto, “pra surdo ouvir, pra cego ver”, como já dizia o xote dos milagres, está ai a situação.
O valor previsto para a realização do projeto da Ponte Salvador-Itaparica está em torno de 6 a 7 bilhões de reais. Alguns dizem que está super-estimada outros nem se atrevem a falar em custos nesse momento. Mas sabemos que pelo andar da carruagem esse valor vai aumentar entre 10 a 40%, no mínimo, até o fim da obra. O trem bala do Brasil, estimado inicialmente em 34 bilhões, hoje possui uma estimativa de 55 bilhões de reais, mais de 50% de aumento.
Vamos considerar que o investimento na ponte seja em torno de 8 bilhões de reais, considerando aumento inferior a 20%. Existe uma previsão de 3 anos para a conclusão da obra, imagine 8 bilhões totalmente investidos em Salvador e em Itaparica num prazo de 3 anos.
A Bahia, em especial Salvador e a Ilha de Itaparica encontrariam o verdadeiro caminho do desenvolvimento.
Não vou entrar nos detalhes de investimentos da REFORMA URBANA E SOCIAL mas digo o seguinte.
“A construção de um prédio de 4 andares e 9000 metros quadrados , com nucléos de microeletrônica e eletrônica embarcada, micromecânica e engenharia automotiva, além de laboratórios e mais vinte salas de aula, considerando as obras de arruamento, estacionamento e paisagismo, incluindo obras físicas e equipamentos representa um investimento de 20 a 35 milhões de reais.”
Imagine o complexo de educação superior continuada que poderiamos desenvolver na bahia. Pense na revolução educacional que poderiamos gerar com esse volume de investimento em apenas 3 anos. Quantos centros de tecnologia poderiamos ter com apenas 1 bilhão de reais?
Imagine as melhorias no sistema viario de Salvador e Itaparica. Pense nas novas vias, nas retiradas dos gargalos do trânsito, nos novos modais que interligam a cidade de modo eficiente e eficaz, na revitalização das vias existentes.
Pense na revitalização da nossa orla.
Pense na implementação de instrumentos que promovam a cultura como novas bibliotecas, teatros, cinemas e parques esportivos espalhados pela cidade.
Pense nos avanços da saúde, da educação básica, da segurança pública.
Pense na quantidade de novos empregos sustentáveis e não nos temporários.
Pense em todas as possibilidades de avanço que Salvador e Itaparica teriam com investimentos reais de 8 bilhões em 3 anos.
Isso é pensar no futuro, isso é pensar nos moldes do século XXI.
Temos que deixar os pensamentos do passado e viver o presente com olhos no futuro.
Temos que ter a coragem e determinação para definir e trilhar o caminho da prosperidade contínua e para todos. Pois somente assim construiremos uma nação forte e igualitária.
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