quarta-feira, 27 de abril de 2011

Abaixo a burocracia, a rotina de regulamentos inflexiveis, a inércia, a burrice pois todas essas faltas de atitude podem propiciar campo para desvio de conduta e até de propinas...

Chega de tanta conversa, o povo habitante da Bahia quer ação, rapidez. Ontem vislumbrei dos mirantes e belvederes a degradação da cidade baixa, com inúmeros pardieiros já sem telhados, com paredes clamando aos céus por demolições e/ou uma requalificação de grande monta.
Farei um comentário embasado no que observei, no entanto por achar muito oportuna matéria da Tribuna da Bahia, dou a seguir a transcrição do grande texto.
<>





Economia

Até quando o Comércio vai esperar?

O Coordenador
do Escritório de Revitalização do Comércio, Marcos Cidreira, pede um maior consenso entre os governos Federal, Estadual e a Prefeitura de Salvador. Cidreira chama atenção para problemas no bairro do Comércio a exemplo do Porto de Salvador.
“Desde 2007 que obtivemos liberação dos Armazéns 1 e 2, mas as sucessivas mudanças na gestão da Codeba ainda não possibilitaram a entrega deles à iniciativa privada para a finalização do Terminal Turístico. Confiamos que até o ano que vem tudo estará solucionado”, afirma. Ele diz que a iniciativa privada tem apostado na região “Há uma série de solicitações e estamos observando falta de entendimento entre os três governos.
No caso do federal, ele precisa dar uma decisão sobre a situação envolvendo o prédio dos Correios, que se encontra abandonado. Também precisa haver maior negociação com o Patrimônio da União que praticamente triplicou o valor do imposto federal cobrado naquela região. Sem esquecer dos estacionamentos.
Tanto o espaço do Mercado do Ouro, quanto o do Mercado Modelo foram tomados e se tornaram de uso exclusivo do Patrimônio da União, quando deveriam ser de toda a população. Os projetos estruturantes do Porto de Salvador também precisam ser mais agilizados.
Marcos Cidreira diz que o espaço dos Fuzileiros Navais, antiga Base Backer, na saída do túnel Américo Simas, está sendo negociadopara leilão.
“Seria criado um estacionamento com seis mil vagas para carros, vagas para 100 ônibus turísticos e algumas torres empresariais. Esta negociação com a Marinha perdura cinco anos”, cita.
Ele reclama do Iphan. “Há projetos pré aprovados nos sobrados situados nas encostas, mas devido às muitas exigências do Iphan, a iniciativa privada acaba por desistir de realizar benfeitorias. Precisamos de alguém com perfil de liderança para que os projetos possam ser realizados”, reclama.
Em relação às esferas estadual e municipal, Cidreira não poupa críticas. “Precisamos de maior policiamento na região do bairro do Comércio. A Conder precisa dar maior apoio, coibindo as ocupações irregulares nas encostas. O estado da Bahia recolhe muito ICMS das empresas exportadoras situadas naquela região e deveria haver mais atenção”, cita.
Sobre a Prefeitura de Salvador, Cidreira diz que seria necessário maior fiscalização para que os proprietários de imóveis regulamentassem os passeios e o gotejamento de ar-condicionado.
“Também se faz necessário maior fiscalização para a questão dos ambulantes. Prestigiar os já cadastrados e regularizar os que se encontram de modo irregular”, explica.
Marcos Cidreira lembra que a situação da região do Comércio, há seis anos era totalmente diversa de hoje. “Havia mais de mil salas vazias e atualmente 95% delas estão ocupadas. Os proprietários alugavam seus imóveis a R$ 1 na esperança de que os inquilinos pagassem o condomínio e o IPTU.
Agora a realidade é outra. O valor de venda do metro quadrado na região do Comércio varia entre R$ 1,3 mil a R$ 1,5 mil e o preço do aluguel sai entre R$ 13 a R$15 o metro quadrado. O térreo é alvo do varejo, já que se trata de uma região na qual circulam 140 mil pessoas todos os dias.
A comercialização de um imóvel no térreo está entre R$5 mil a R$ 7 mil o metro quadrado e o aluguel não fica por menos de R$ 70 o metro quadrado.
Temos fila de espera e as Lojas Americanas estão há muito tempo tentando se instalar na região, mas não encontram espaço”, observa.
Codeba se posiciona

Procurada pela equipe de reportagem da Tribuna da Bahia para comentar sobre a questão do Terminal 1 e 2, o diretor presidente da Codeba, Jose Rebouças, disse que a ideia é manter o cronograma de execução de obras para a implantação da Estação Marítima com a previsão de inauguração para 13 de maio de 2013, com a comemoração dos 100 anos do porto.
“Estamos adequando o projeto às propostas do governo estadual e municipal para que, em julho próximo, seja lançado o processo licitatório”, avisa Rebouças.
Segundo o diretor- presidente da Codeba, “o projeto inclui, além da revitalização da área, a ampliação dos atuais 400 metros quadrados para 5 mil metros quadrados da área destinada a embarque e desembarque de passageiros, com aportes de R$ 36 milhões do PAC”, diz.



Obras do Hotel Hilton

O coordenador do Escritório de Revitalização do Comércio, Marcos Cidreira, revelou também que o Grupo Imocom – responsável pela bandeira Hilton – deverá iniciar as obras de construção do Hotel Hilton em 90.
“O atraso se deu em função da crise financeira que assolou Portugal. O Grupo negociou ações e em julho está prevista a entrega, em Portugal, do Hotel Conrad, de seis estrelas. Com isso, o Imocom pretende iniciar a construção do Hilton na Bahia. Eles já estão providenciando reformas do passeio e já possuem todas as licenças”, avisa.
O caso envolvendo o Hotel Hilton foi noticiado na Tribuna da Bahia em novembro de 2009. O atraso nas obras em razão de uma liminar impetrada pelo Ministério Puúblico Federal quase levou o grupo a cancelar os investimentos no estado.
O fato gerou, na época, interferência do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que teria pedido mais paciência aos gestores portugueses por entender que o projeto seria de vital importância para o turismo baiano e para o desenvolvimento da região do Comércio.
O Hilton representa R$ 100 milhões em investimentos e um saldo superior a 500 empregos, sendo 350 só na fase de construção. Ele pertence à cadeia norte-americana com mais de 4 mil hotéis espalhados pelo mundo e a bandeira pertence ao Grupo Imocom, uma rede portuguesa que atua no setor hoteleiro e imobiliário que tem negócios em Portugal, Brasil, Angola e Cabo Verde.
O grupo tem faturamento estimado na ordem de 120 milhões de euros. Com enorme potencial para alavancar o segmento turístico baiano e se traduzindo num excelente cartão de visitas para a Bahia, o Hotel Hilton será o primeiro da bandeira a se instalar no Nordeste brasileiro. devem iniciar em 90 dias

Nenhum comentário: