Investimentos na Bahia representam um terço dos acordos Brasil-China
Dos mais de 20 acordos negociados em dois dias da visita da presidente Dilma Rousseff à China, no valor total de US$ 1 bilhão, destaca-se o investimento de US$ 300 milhões (cerca de R$ 470 milhões) - que pode chegar a R$ 4 bilhões -, em Barreiras, oeste da Bahia, para implantar uma fábrica de processamento de soja, o que representa cerca de um terço do valor dos acordos fechados entre os dois países
O governador Jaques Wagner, que viajou à China a convite da presidente da República, participou, nesta terça-feira (12), no Complexo Diaoyutai, em Pequim, capital da China, do Diálogo de Alto Nível Brasil-China em Ciência, Tecnologia e Inovação, ao lado de empresários e ministros dos dois países. Ele também participou da cerimônia de encerramento do Seminário Empresarial Brasil-China: Para Além da Complementaridade, no China World Summit Wing
Em um acordo que interessa diretamente à Bahia, os presidentes Dilma Rousseff e Hu Jintao se comprometeram a simplificar e melhorar os serviços e trâmites regulamentares para a concessão de vistos e permanência envolvendo chineses e brasileiros. O objetivo é incentivar os programas de turismo e incrementar os projetos em educação e treinamento pessoal.
A pauta comercial entre China e Brasil também ganhou novos elementos incluindo gelatina, milho, folha de tabaco dos estados da Bahia e Alagoas, embriões e sêmen de bovinos, frutas cítricas, do Brasil, e peras, maçãs e frutas cítricas, da China.
Nesta quarta-feira (13), Dilma e Wagner participam, em Pequim, da reunião multilateral Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC), que terá como convidada a África do Sul.
NOTÍCIAS - Relações Internacionais
Bahia busca na China investimentos para agroindustrializar algodão
A indústria Hopefull Group Grain Oil Food tem interesse de participar do processo de agroindustrialização do algodão na Bahia, conforme manifestou o presidente da empresa, Shi Kerong, ao secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, durante visita nesta terça-feira (12), em Pequim (China). “Nosso foco é a soja, mas temos parcerias com a indústria têxtil e podemos ajudar a Bahia a industrializar o algodão”, afirmou o empresário.
O vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celito Missio, acompanhou o secretário na visita à Hopefull, localizada a 30 quilômetros da capital chinesa. O contato inicial com a indústria foi feito pelo Escritório da Bahia em Pequim. Salles lembrou que a Bahia é o segundo maior produtor nacional de algodão, atrás apenas do Mato Grosso, mas não possui grande indústria têxtil. “Queremos mudar essa realidade, agregando valor ao produto e gerando emprego e renda”, disse.
O algodão baiano tem excelente produtividade, com 3.900 quilos por hectare, e para a safra 2010/2011, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 1,511 milhão de toneladas, o que representa crescimento de 48,6% em relação à safra anterior (1,017 milhão de toneladas). A área plantada cresceu também 48,6%, passando de 268,8 mil hectares para 387,5 mil hectares.
Indústria da iniciativa privada de esmagamento de soja, que tem capital de US$ 3 bilhões, a Hopefull deseja comprar soja da Bahia. A capacidade instalada da empresa é o processamento de três milhões de toneladas/ano, o equivalente a praticamente toda produção de soja do oeste baiano estimada em 3,3 milhões de toneladas.
Nesta quarta (13), o secretário Eduardo Salles e o superintende de Atração de Investimentos, Jairo Vaz, seguem para Seul, na Coréia do Sul, onde se reúnem com os executivos da Samsung e da AT Korea Agro-Fisheries Trade Corporation, interessados em investir na Bahia no segmento de soja.
Fonte:AGECOM
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