A terceira audiência pública para discutir a terceirização dos Centros de Convenções de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro, foi realizada em Salvador, ontem.
O encontro contou com a presença do secretário de turismo, Domingos Leonelli, da presidente da Bahiatursa, Emília Silva, e de funcionários da empresa. Durante a audiência, foi apresentado o relatório proposto pela consultoria da empresa Indústrias Criativas, vencedora da licitação realizada pela Bahiatursa.
Segundo o relatório, o Brasil está entre os 10 maiores realizadores de eventos do mundo, em 8º lugar, e a Bahia precisa se enquadrar nos padrões do mercado de eventos.
De acordo com um estudo feito pela Bahiatursa, um terço dos turistas que visitam o estado vem a negócio, o que representa pelo menos 20% das ocupações dos hotéis de Salvador.
Essa é uma das justificativas para a terceirização do Centro de Convenções, que tem 153 mil m2, 53 mil deles de área construída e foi inaugurado em 1979.
São realizados hoje, aproximadamente, 300 eventos por ano. "A maior parte deles, 88%, é local, o que descaracteriza a função principal do centro, que foi construído para o fomento do turismo de negócio", declarou Emília Silva.
A proposta da empresa, é que o governo faça uma concessão remunerada, na qual o Estado receberia uma espécie de pagamento anual ou mensal pela utilização do local.
Essa concessão seria de 15 anos, renováveis por mais 15. "Nesse período, o Estado fica responsável pelo acompanhamento e fiscalização para evitar a utilização indevida do local", garantiu a presidente da Bahiatursa.
Ocupação - Com base nos dados do relatório, a ocupação anual do local é de 28% e, com a gestão privada, até 2012, essa ocupação pode chegar a 52%.
O centro está avaliado em mais de R$ 77 milhões e para fazer a reforma necessária, será preciso um investimento de aproximadamente R$ 30 milhões.
Atualmente, o caixa do Centro de Convenções de Salvador tem um déficit de R$ 1,3 milhão, valor que chegou em 2005 a R$ 3,5 milhões.
Pela projeção, em 2012, o caixa estaria com um saldo positivo de mais de R$ 8 milhões.
A contraproposta feita pelo governo é que a empresa se responsabilize pelos três centros de convenções do estado (Salvador, Ilhéus e Porto Seguro).
"A idéia é que a empresa pense na Bahia como um grande mercado de eventos, assim fica mais fácil administrar", disse Emília.
Ainda serão realizadas outras reuniões com a presença dos funcionários da empresa e representantes do trade turístico baiano para uma decisão definitiva quanto à terceirização. No CCB são realizados aproximadamente 300 eventos por ano .
Fonte:DOE
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