terça-feira, 13 de abril de 2010

Fórum Empresarial da Bahia forma comissão

O Fórum Empresarial da Bahia formou uma comissão composta por empresários e representantes do governo baiano para elaborar um documento de reivindicação do setor portuário.
Segundo Wilson Andrade, que coordena a comissão, o Fórum está em sintonia com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia que possui um plano diretor de portos. “Os portos da Bahia não têm o tamanho da nossa economia.
Os portos são ferramentas chaves no desenvolvimento e nossa intenção é promover a defesa do Complexo Portuário Baía de Todos os Santos.
A ação é consensual e inclui todos os agentes públicos e privados na elaboração de soluções para a atual situação tais como usuários, operadores, Codeba, Governo da Bahia, dentre outros”, explica.
Andrade diz que a estrutura portuária que a Bahia tem hoje está aquém da economia do Estado. “A Bahia precisa de urgência na questão portuária, pois a situação presente se faz um desestímulo as empresas”, comenta.
O presidente da Associação Comercial da Bahia e do Fórum Empresarial da Bahia, Eduardo Morais de Castro, considera inconcebível que os portos públicos baianos sejam classificados como de segunda categoria e regionais.
“É inaceitável que o governo federal considere como estratégico o porto de Itaqui, no Maranhão, ao passo que as regiões Sul e Sudeste possuem vários portos considerados estratégicos.
Há mais de 50 anos se diz que os problemas do Brasil são atrelados ao desequilíbrio regional e a má distribuição de renda.
A questão relacionada à distribuição de renda avançou, já a primeira não.
A medida do governo federal de estabelecer como estratégicos os portos do Sul e Sudeste em detrimento dos portos Nordestinos refletem o atraso”, reclama.
Defesa - A questão portuária ganhou fôlego depois que foi retirado investimentos na ordem de R$ 750 milhões em obras estruturantes nos portos de Aratu e Salvador.
Somente os portos de Aratu e Salvador, em 2009, movimentaram juntos quase 8,2 milhões de toneladas, segundo dados da Codeba.
O Fórum Empresarial da Bahia, que congrega 18 entidades de classe, disse que pretendia estender as discussões até Brasília por intermédio de uma locução com o governo da Bahia.
A Região Nordeste é responsável por 13,1% do PIB Brasileiro, sendo que somente a Bahia responde por 31,5% do PIB da Região Nordeste e 4,12% do PIB do Brasil.
O governador do Estado, Jaques Wagner, revelou em entrevista à Tribuna da Bahia publicada na semana passada que pretende lutar pelos interesses portuários da Bahia em Brasília.
Na ocasião, Wagner mencionou conversas com a ministra da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, e a secretária executiva do PAC, Miriam Belchior, sobre a questão envolvendo a exclusão dos projetos estruturantes dos portos públicos baianos das obras do PAC 2.
O governador disse na época que iria recorrer a Secretaria Especial de Portos da Presidência da Republica para discutir sobre a classificação que ela designou aos portos de Aratu e de Salvador como de segunda categoria.
Fonte: Jornal Tribuna da Bahia

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