quarta-feira, 28 de abril de 2010


Taxa de desemprego na RMS é a menor da série histórica da PED
A taxa de desemprego aumentou de 18,8%, em fevereiro, para 19,9% em março, em movimento típico para este período do ano na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Apesar disso, a taxa de março é a menor registrada para esse mês em toda a série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), iniciada em 1996.
A pesquisa foi realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego Renda e Esporte, o Dieese e a Fundação Seade.“Vale destacar que, ao observar todos os meses de março da série da pesquisa na RMS, apenas no ano de 2004 houve crescimento da ocupação, ainda assim, devido a base de comparação deprimida.
O movimento de aumento da taxa de desemprego em março aconteceu em todas as regiões metropolitanas onde a PED é realizada no país”, destacou a coordenadora da pesquisa pelo Dieese, Ana Margaret Simões.
O resultado foi comemorado pelo secretário do Planejamento, Antônio Valença, que destacou o dinamismo da economia baiana neste primeiro trimestre, uma vez que, projeções indicam um resultado bastante expressivo do PIB nesse período.
O contingente de desempregados no mês foi estimado em 372 mil pessoas, 21 mil a mais que em fevereiro. Esse comportamento deveu-se à diminuição do nível de ocupação (20 mil) aliada ao aumento do número de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (1 mil).
O total de ocupados foi estimado em 1.495 mil trabalhadores, 20 mil a menos que em fevereiro, correspondendo a um decréscimo de 1,3% no nível ocupacional.
Esse resultado deveu-se à redução das ocupações nos setores de Serviços (-12 mil, ou -1,3%), Comércio (-8 mil, ou -3,2%) e Indústria (-6 mil, ou -4,7%).
O agregado Outros Setores, que inclui Serviços Domésticos e Outras Atividades, teve incremento nas ocupações (6 mil, ou 5,1%), enquanto a Construção Civil permaneceu estável.
A pesquisa aponta que houve redução ocupacional no emprego assalariado (-15 mil, ou -1,5%) e no número de autônomos (-10 mil, ou -3,1%), enquanto cresceu o de empregados domésticos (3 mil, ou 2,8%) e o daqueles classificados no agregado Outros, que inclui os Empregadores, Trabalhadores Familiares, Donos de Negócios Familiares etc (2 mil, ou 2,6%).
Quanto aos rendimentos, com referência no mês de fevereiro, o rendimento médio real permaneceu relativamente estável para o total dos ocupados (-0,3%), com leve redução tanto para os assalariados (-0,7%) quanto para os autônomos (-0,6%).
Fonte:SEPLAN

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