segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A afirmação de uma nova era na Bahia

Luiz Caetano
Prefeito de Camaçari e presidente da Associação Nacional dos Municípios Produtores (Anamup)
prefeitocaetano@camacari.ba.gov.br

A Bahia e os baianos estrearam com bri­lhantismo no século XXI. Os anos que também marcaram o início do III mi­lênio vão ficar na história do Brasil pela elei­ção de Lula, em 2002, a partir de quando o País tomou o rumo do desenvolvimento com justiça social, e no plano estadual em 2006, com a vitória do governador Jaques Wagner, responsável por um novo processo de trans­formação do Estado.
Felizmente, a Bahia encontrou o caminho e o jeito de caminhar a partir de 2006, quando Wagner uniu as forças de oposição e, surpreendentemente, contrariando todas as pesquisas, derrotou o carlismo, grupo político que por quase meio século coman­dou o Estado com mão-de-ferro.
Em 2009, o PMDB rompeu com o governo, após mais de dois anos de um insuportável clima de tensão gerado pela busca obsessiva dos peemedebistas pela hegemonia política no Estado. Foi uma experiência muito de­licada, difícil, que exigiu habilidade de todos e, acima de tudo, sabedoria do governador Jaques Wagner, líder de uma combinação de forças políticas dispostas a fazer a Bahia dar certo. E tem dado.
Hoje, a Bahia, que sempre deteve os pio­res indicadores sociais do País, se orgulha de, com o apoio valioso do governo federal, vivenciar uma nova realidade em cujos ho­rizontes se combinam crescimento econô­mico, desconcentração da riqueza e res­peito à diversidade, seja ideológica, política, religiosa, étnica, sexual, de qualquer na­tureza. Como prefeito, tenho procurado manter Camacari nesse mesmo ritmo.
Os números não mentem, e os dados não deixam dúvida sobre os avanços alcançados pelo Estado nos últimos quatro anos. Só para citar alguns, vale destacar que o Topa (Todos pela Alfabetização) está na marca de um milhão de baianos alfabetizados.
O pro­grama Saúde em Movimento atendeu quase 200 mil pessoas e realizou mais de 30 mil cirurgias.
O Samu-192, que antes atuava em 14 municípios, teve a cobertura ampliada para 40 cidades, beneficiando 8,1 milhões de habitantes.
O programa Água para Todos levou abastecimento para mais de 2,5 milhões de pes­soas. São mais de R$ 30 milhões aplicados na economia solidária.
Na infraestrutura, foram 50 rodovias restauradas, totalizando cerca de 2 mil quilômetros. Outros 4 mil quilômetros estão em andamento.

Com Dilma Rousseff presidente, não te­nho a menor dúvida, será possível ampliar ainda mais os investimentos federais no Estado. A reeleição de Wagner e a ampla maioria favorável a Dilma no quarto maior colégio eleitoral brasileiro são provas de que a Bahia quer seguir em frente com o projeto iniciado pelo presidente Lula em 2003, o qual tem colocado o Brasil em po­sição de destaque no cenário econômico e político internacional.
É preciso aproveitar esse vento favorável ao Brasil e à Bahia para consolidar as po­líticas estruturantes, como a construção da ferrovia Leste-Oeste, ampliar e qualificar os portos e aeroportos, aumentar os investi­mentos nas rodovias, na industrialização, no turismo, no poIo de ciência e tecnologia.
Acelerar o fortalecimento dos territórios baianos, aproveitando as vocações econô­micas e culturais de cada um, a fim de descentralizar e interiorizar ainda mais o processo de desenvolvimento do Estado.
Na Região Metropolitana, é necessário um olhar mais atento, com respostas rá­pidas e inteligentes para os problemas ge­rados pela metropolização, em particular em temas como mobilidade, meio ambien­te e infraestrutura, entre outros, que in­clusive foram objeto de seminário reali­zado este ano em Camaçari.
Fico duas vezes feliz.
Primeiro por par­ticipar desta mudança, que tem elevado o Brasil à condição de uma nação cada vez mais humanizada. Segundo porque, ao renovar as apostas feitas em 2002 e 2006, a sociedade reafirma a convicção de que o projeto posto em prática por Lula, Dilma, Wagner, o PT e os partidos aliados é o melhor caminho para manter o País e o Estado no ritmo do de­senvolvimento pautado na concepção de que a geração da riqueza deve servir, acima de tudo, para a superação da pobreza.
E desse princípio não dá para abrir mão.

Nenhum comentário: