Frente Parlamentar em defesa do Programa Nuclear Brasileiro realiza seminário em Brasília
Foi criada no dia 24 de novembro, na Câmara de Deputados, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Programa Nuclear Brasileiro- PNB, para discutir o papel estratégico da energia nuclear para o desenvolvimento do país e garantir o aporte de recursos orçamentários, humanos e materiais para o desenvolvimento e ampliação do Programa.
Foi criada no dia 24 de novembro, na Câmara de Deputados, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Programa Nuclear Brasileiro- PNB, para discutir o papel estratégico da energia nuclear para o desenvolvimento do país e garantir o aporte de recursos orçamentários, humanos e materiais para o desenvolvimento e ampliação do Programa.
A apresentação do estatuto da Frente foi feita pelo deputado Ubiali (PSB-SP) durante o seminário Programa Nuclear Brasileiro: Autonomia e Sustentabilidade do País, realizado no Auditório Freitas Nobre.
A Frente Parlamentar PNB tem como presidente de honra o deputado Michel Temer (PMDB-SP); como presidente o deputado Ubiali (PSB-SP) e vice-presidentes os deputados Eduardo Gomes (PSDB-SP); Pedro Eugênio (PSDB-TO); Brizola Neto (PDT-RJ); Jô Moraes (PCdoB-MG); Ciro Pedrosa (PV-MG); Arnaldo Jardim (PPS-SP); e Ribamar Alves (PSB-MA).
O Seminário
Presidido pelo deputado Ubiali (PSB/SP), o encontro foi iniciado – depois de breve apresentação do presidente – pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, que lembrou a paralisação do Programa Nuclear Brasileiro por duas décadas: “ só não parou porque a Marinha dominava a tecnologia de centrifugação e aperfeiçoamento do enriquecimento de urânio.” Disse ainda que a indústria só veio a se dinamizar quando o presidente Lula foi reeleito, pois “as discussões já haviam avançado durante o primeiro governo e já era possível tomar decisões como a construção de usinas nucleares...
A Eletronuclear, dirigida por Othon Luiz Pinheiro da Silva – um baluarte do setor –, está dando continuidade à construção de Angra 3... A produção do combustível nuclear, até agora, tinha somente uma usina, de Caitité. Mas nos últimos 12 meses a INB vem promovendo um trabalho importante de parcerias com grupos privados em torno da usina de Santa Quitéria, no Ceará...
A retomada do setor está sendo feita com rigidez. Mas o apoio do Congresso Nacional é fundamental para que ela seja mais sólida.” – concluiu o ministro.
O ex-ministro Roberto Amaral, diretor-geral brasileiro da binacional Alcântara Ciclone Space, criticou a dificuldade do Estado em definir e executar projetos estratégicos: “ hoje temos o Estado incumbido de fazer e o Estado incumbido de impedir que o Estado faça...É fundamental discutir a funcionalidade do Estado...a nossa matriz energética será enriquecida com Angra 3. Teremos uma matriz caleidoscópica, quase única no mundo...a fonte nuclear é a que menos ofende o ambiente...”
O diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Pérsio Jordani, solicitou cópia dos documentos que oficializaram a Frente Ampla para serem colocadas dentro da cápsula do tempo que será instalada no terreno da Usina Angra 3, de modo que “daqui a alguns anos sejam lidos por brasileiros que, certamente, viverão numa sociedade mais justa e igualitária.”
Ainda participaram do Seminário, como palestrantes, o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Gonçalves; o presidente da Nuclep, Jaime Cardoso; o presidente das Indústrias Nucleares do Brasil, Alfredo Trajan Filho; e o almirante-diretor do Centro Tecnológico da Marinha, Carlos Bezerril.
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