Cidade
Linha Viva será alternativa à Paralela porAdriano Vilella
Noticia publicada na Tribuna da Bahia
Uma via expressa de 17,7 quilômetros de extensão, pedagiada, ligando a Bonocô às imediações do Complexo 2 de Julho, na entrada do aeroporto, forma as linhas gerais da Linha Viva, projetada para possibilitar a travessia em 15 minutos.
De acordo com o diretor da TTC Engenharia e autor do projeto, Francisco Moreno Neto, a obra vai criar uma alternativa tanto para os motoristas e transporte coletivo que trafegam pela Avenida Paralela como para o trânsito do miolo da cidade.
“O objetivo é oferecer alternativa ao trânsito da Paralela para veículos que não necessariamente pre-cisam trafegar por lá”, explicou. Como o começo terá interligação com a Via Expressa – está 80% concluída – a LV permitirá a ligação porto-aeroporto e deve retirar fluxo da complicada região do Iguatemi .
De acordo com Moreno, a Linha Viva terá travessias para regiões lindeiras à Avenida Luiz Viana (Imbuí, Trobogy, avenidas Pinto de Aguiar, Gal Costa, Orlando Gomes, Centro Administrativo da Bahia e a 29 de Março, outra via em fase de projeto), bem como 39,2 quilômetros de alças para ligar a nova via aos bairros afetados – Pernambués, Narandiba, Saboeiro, Cabula, Centro Administrativo da Bahia, Trobogy. Alphaville, Mussurunga, São Cristóvão e Jardim São Cristóvão.
A Linha Viva foi idealizada com base em experiências semelhantes em São Paulo (SP) e Manaus (AM). Com previsão de implementação em três anos, o projeto se utiliza da linha de servidão da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que segundo a TTC tem uso prioritário para a transmissão de energia, mas a área pode ser aproveitada para outra função.
“Não haverá Quando fizemos o projeto, respei-tamos o posicionamento das torres”, explicou Francisco Moreno Neto. problema. Conversamos umas 15 vezes com a Chesf aqui em Salvador e em Recife.
A faixa de servidão é uma área praticamente toda antropizada – isto é, alterada de meio ambiente original – e pouco habitada, o que torna a obra de impacto ambiental e urbano reduzido.
“Em cerca de 3% A 5% da área precisará de remanejamento”, informou. Em torno de 85% da área da obra está na faixa de servidão. A prefeitura assegurou que só começará a obra quando a realocação dos moradores atingidos estiver concluída.
Sem pedágio para moradores
A proposta da Linha Viva integra o masterplan Salvador Capital Mundial, apresentado pela prefeitura no começo de 2010. Após licitação, a TTC foi escolhida para desenvolver o projeto, o estudo de impacto ambiental e promover a audiência com a comunidade - realizada no mês passado. Moreno Neto defendeu o pedagia-mento da via. “É o que vai permitir que a prefeitura não precise aplicar nada dos R$ 1,5 bilhão deste projeto”, concluiu.
O coordenador do projeto garantiu que os moradores de bairros próximos terão opções alternativas de tráfego – com a preservação das ligações intrabairros. “Na audiência, uma das lideranças comunitárias até falou: ‘o pobre para ir trabalhar paga na ida e na volta a passagem de ônibus, porque quem tem carro não pode pagar’?”. Haverá 20 pontos de pedágio. A tarifa será paga de uma só vez, em função do trecho percorrido.
A Linha Viva contará com 20 travessias simples com via secundárias, 40 viadutos, uma ponte estaiada, dois túneis duplos e 61 muros de contenção. A obra pode ser feita em diversas frentes – a Via Expressa foi subdividida em sete lotes – mas Moreno Neto ressalta que só terá impacto efetivo no trânsito quando toda concluída. “De 20% a 25% dos cerca de 240 mil veículos/dia da Paralela têm uso expresso
Nenhum comentário:
Postar um comentário