A concessão pelo Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis da licença prévia para construção do Porto Sul deve acelerar obras da Ferrovia Oeste-Leste. A ferrovia de 1.019 quilômetros tem enfrentado uma série de dificuldades para sair do papel.
Um de seus maiores problemas é a desapropriação de imóveis. No traçado planejado entre Ilhéus e Barreiras existem nada menos que 2.501 propriedades que precisam ser liberadas para dar passagem aos trilhos. Até abril deste ano, apenas um terço desses casos estavam resolvidos e as obras avançavam apenas pontualmente, em pequenos trechos.
A prioridade do governo baiano é destravar ao menos os primeiros 500 km da malha que ligarão o município de Caetité até os terminais do Porto Sul. A situação é crítica. Até abril, apenas 15% deste trecho estava liberado para a ação dos trabalhadores.
A liberação desse trecho é fundamental pois viabiliza a produção baiana de ferro. O projeto da Bahia Mineração prevê que 19,5 milhões de toneladas de minério de ferro sejam transportados por ano até o Porto Sul. Numa segunda fase, mais 45 milhões de toneladas anuais deverão ser carregadas pelos trilhos da Fiol e embarcadas pelo Porto Sul.
A Bamin não prevê nenhum outro modal de escoamento ou de entrega. A previsão da Bamin, conforme previsto no relatório de impacto ambiental do Porto Sul, é de que seu terminal portuário receba, em média, cerca de quatro composições ferroviárias por dia, cada uma com 140 vagões. Com essa estrutura, a empresa terá capacidade de movimenta diariamente 62,1 mil toneladas de minério de ferro.
A Bamin pretende iniciar sua exploração em Caetité em 2014, transformando a Bahia no terceiro maior produtor de minério de ferro do país.(VE)
Foto:Zenilton Meira 3
Fonte:Bahia Econômica
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