O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, está mobilizando todo o estado contra o projeto de distribuição dos royalties, pedindo que Dilma Rousseff vete o projeto, que deve ser sancionada nesta sexta (30). A expectativa é de que a presidente vete parcialmente o texto.
“É natural que o estado do Rio de Janeiro, após tantos anos usufruindo dos royalties sem dividir com os demais Estados, esteja se sentindo lesado. Mas esta luta não pode ser ganha no grito. Precisamos pensar em um Brasil bom para todos”, declarou Rosemma Maluf, vice-presidente da Associação Comercial da Bahia e membro do Conselho de Micro e Pequenas Empresas da Federação das Indústrias do Estado da Bahia.
Com todos os protestos vindos do Sudeste, Dilma deve vetar parte do projeto, preservando os estados produtores, evitando alterações nas regras sobre as receitas de exploração em vigor nos campos já licitados. Prejudicando estados como a Bahia que seria beneficiado em cerca de R$ 600 milhões de acréscimo à sua receita.
“Um desenvolvimento desequilibrado só vai contribuir para uma maior concentração da industrialização na região sul/sudeste, deixando ao nordeste o destino de ser fornecedor de mão-de-obra barata e matéria-prima para a região sul/sudeste. O silêncio das nossas lideranças, após esta manifestação, é arriscado e demonstra uma apatia coletiva diante de um fato que pode mudar, para melhor, o destino de muitos Estados e da Bahia”, declarou Rosemma em entrevista ao Bahia Econômica.
Rosemma aponta ainda os royalties do petróleo como bens da União e critica o posicionamento do governo em relação ao Nordeste brasileiro. “Se o Petróleo é da União, o direito sobre os royalties é de todos os Estados e Municípios. A verdade é que o Governo Federal só enxerga o Brasil “da cintura para baixo”, afirmou.
Fonte:BahiaEconômica
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