O carnaval da Bahia tornou-se finalmente um bom negócio e este ano de 2014 vai dar lucro, ou seja, com o dinheiro arrecadado com o patrocínio da festa vai pagar todas as despesas e ainda vai sobrar um lucro de R$ 10 milhões.
Quem vai bancar a festa é o setor privado e não fará isso porque deseja ser bonzinho com o povo baiano, fará isso porque investir no carnaval é um bom negócio. As cervejarias Schin e Itaipava, que vão patrocinar a festa, terão suas marcas estampadas pela cidade, vistas por milhões de pessoas ao vivo e pela televisão e os demais patrocinadores, o banco Itaú e a operadora Net e a Petrobras também lucrarão com a parceria que conta também com recursos do governo do Estado.
Isso prova que o ócio é um bom negócio e que a economia criativa, aquela que mexe com cultura, lazer, entretenimento e criatividade pode gerar emprego e riqueza e tornar-se uma das bases da economia de Salvador.
Felizmente a cidade da Bahia começa a perceber que pode multiplicar muitas vezes os recursos que hoje mobiliza com as festas e as empresas começam a identificar bons negócios.
Uma prova disso é que neste final de 2013 e começo de 2014 se deu início a uma temporada de shows de grande porte, que estão movimentando milhares de reais. A gravação do DVD de Ivete Sangalo, o show de David Getta na Arena Fonte Nova já mostraram que a Bahia pode ter eventos internacionais de porte e nos próximos dias o show de Elton John e o Festival de verão vão mobilizar milhares de empregos, ampliar a demanda por serviços e estimular a economia metropolitana.
Este colunista, criou, há muito tempo atrás, a expressão " economia da Alegria"ou "economia do Axé" para definir um ramo de atividade econômica em que Salvador se destacava - lazer, turismo, cultura,entretenimento, criatividade - e com enormes possibilidades de crescimento.
Pois bem, após um período de forte desaceleração, a economia da Alegria volta a movimentar a economia soteropolitana.
Armando Avena
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