segunda-feira, 3 de junho de 2013

Seplan publicou:

Acontece nesta quarta-feira (5), às 16h, na Assembleia Legislativa, o lançamento da edição fac-similar do que se veio a chamar de Pastas Rosas, originariamente Cadernos Rosa, que é uma coleção de textos elaborados por economistas, acadêmicos e intelectuais de outras áreas de conhecimento, tendo à frente o ilustre baiano, Rômulo Almeida, em 1956, que constituíram a primeira manifestação de um esforço de planejamento na esfera estadual no Brasil.
Rômulo Almeida
Rômulo Almeida
Considerada uma obra rara, a Secretaria do Planejamento da Bahia (Seplan), num gesto de reconhecimento da relevância histórica desse documento e em homenagem ao seu mentor que completaria seu centenário em 2014, viabilizou a corporificação de uma publicação impressa e digital. “A iniciativa é, também, uma forma de publicizar, difundir e tornar acessível a um maior número de pessoas esse estudo basilar para quem quer compreender melhor as origens do planejamento na Bahia”, afirma o secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli.
Atualmente o acesso a este conteúdo é restrito a uma única cópia do trabalho datilografado e encadernado em papel cor-de-rosa, que se encontra disponível na biblioteca da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Seplan. Contudo, a partir desta quarta-feira, o conteúdo também estará disponível, na íntegra, no site da secretaria do Planejamento (www.seplan.ba.gov.br).
As Pastas Rosas são um dos mais importantes tratados sobre a economia baiana, constituindo-se num precioso documento que não só radiografa a realidade do momento em que foi realizado o estudo, como também situa a Bahia em relação ao resto do país, indicando os rumos a serem seguidos para alavancar o desenvolvimento do estado.
Na oportunidade, a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tânia Bacelar, fará uma palestra abordando as ideias de Rômulo Almeida e os desafios do Nordeste atual. Já o professor da Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Barbosa, apresentará a palestra Pensando e Planejando o desenvolvimento brasileiro: a trajetória de Rômulo Almeida.
O evento é aberto ao público e estão confirmadas as presenças dos familiares, diversos parlamentares federais e estaduais, intelectuais, além de representantes das inúmeras instituições das quais Rômulo Almeida foi membro, a exemplo do Banco do Nordeste (BNB).
Rômulo Almeida
Rômulo Barreto de Almeida era bacharel em direito, mas dedicou-se as questões econômicas e ao desenvolvimento. Em 1941, tornou-se diretor do Departamento de Geografia e Estatística do Território do Acre. Iniciado o segundo governo Vargas, foi designado oficial de gabinete do Gabinete Civil da Presidência da República. Ao mesmo tempo, foi incumbido por Vargas de organizar a Assessoria Econômica da Presidência da República.
Ainda em 1951, tornou-se membro do Conselho Consultivo da Companhia Hidroelétrica do São Francisco, posto que manteria até 1966. A partir de 1953, Rômulo Almeida tornou-se consultor econômico da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc). Ainda no segundo semestre desse ano, assumiu a presidência do Banco do Nordeste do Brasil.
Em 1955, criou e presidiu na Bahia a primeira Comissão de Planejamento Econômico do Estado. Já em 1957, criou e presidiu o Fundo de Desenvolvimento Agroindustrial da Bahia e foi nomeado vice-presidente da Rede Ferroviária Federal. No período de 1957 a 1959, reorganizou o Instituto de Economia e Finanças da Bahia. Representou a Bahia na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e, nomeado posteriormente secretário de Economia, elaborou o projeto da Companhia de Energia Elétrica da Bahia (Coelba).
Rômulo Almeida foi professor da Universidade da Bahia (Ufba), da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, do Curso de Planejamento do Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp) e da Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (Ebap-FGV).
Em 1985, foi diretor de planejamento da área industrial do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Permaneceu nesse cargo até a sua morte, ocorrida em Belo Horizonte, em novembro de 1988

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