terça-feira, 11 de junho de 2013

Ponte Salvador – Ilha de Itaparica foi idealizada em 1967


 
Diferente do que muitos acreditam, o debate sobre a construção da ponte Salvador – Ilha de Itaparica e a necessidade de integração do fluxo de mercadorias, serviços e pessoas entre Salvador, Recôncavo e a Ilha não é recente. Já em 1967, o arquiteto Sérgio Bernardes formulara uma proposta dentro do Plano Diretor do Centro Industrial de Aratu (CIA), que criava um anel viário, com três tipos de traçados, sendo duas para o trânsito de veículos pesados, além de uma ponte interligando a capital e a Ilha de Itaparica.
Ponte Salvador- Ilha de Itaparica foi idealiada em 1967
Ponte Salvador- Ilha de Itaparica foi idealiada em 1967


Este foi o início da palestra do secretário do Planejamento do Estado, José Sergio Gabrielli, na noite de ontem (10), durante o debate na Universidade Federal da Bahia (Ufba), promovido pelo professor da pós-graduação da Faculdade de Educação (Faced), Nelson Pretto.
De acordo com Gabrielli, os críticos do projeto da ponte Salvador-Ilha de Itaparica, que integra o plano de desenvolvimento das regiões citadas, se apoiam em outro projeto que tem como um dos pilares a própria construção da ponte. “As propostas sugeridas, ditas como alternativas, são o mesmo projeto de Sérgio Bernardes, com um detalhe: além de omitirem a construção da ponte, a via envoltória no fundo da Baía de Todos-os-Santos (BTS) era considerada apropriada para o trânsito leve por Sérgio Bernardes, mas inadequada para o fluxo de veículos pesados, por isso existiam duas outras vias”, afirma Gabrielli, que aponta a BR-324 como uma dessas rotas.
Segundo o titular da pasta do Planejamento, o solo ao fundo da BTS é o massapê, que é inapropriado para a construção de rodovias de alta capacidade, mesmo com a tecnologia atual, além da região possuir muitos manguezais. “Esse solo foi um dos responsáveis pelo declínio da economia baiana na região do Recôncavo na década de 50, visto que não foi possível mecanizar a cultura fumageira e a cana-de-açúcar”, pontua o secretário.
Durante o debate, Gabrielli informou que uma das possibilidades em estudo é a criação de uma faixa central a ser utilizada para implantação de trilhos (VLT), que se conectaria à rede de metrô na capital e, deste modo, interligaria a ilha e Salvador com um transporte de alta capacidade.
SEPLAN

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