Secretaria do Planejamento contesta informações sobre ponte de Itaparica
(...) A Ponte Salvador-Itaparica, de R$ 7 bilhões, terá 12 quilômetros e 70 metros de altura em seu vão central. O projeto inicial falava de R$ 3,5 bilhões. Pelo menos R$ 40 milhões foram gastos apenas para o projeto da obra.
Por outro lado, desconhecemos as fontes dos valores indicados (R$ 3,5 bilhões). Desde os estudos preliminares, em 2011, a estimativa de investimentos é de R$ 7 bilhões para todo o plano de desenvolvimento, o que significa que não houve majoração em 100%. Um dos objetos de trabalho da consultoria Mckinsey & Company é auxiliar o Governo do Estado a elaborar um modelo econômico que otimize o investimento de recursos públicos e reduza o custo total do projeto.
Diferente do que expõe o arquiteto Paulo Ormindo em relação ao tráfego pesado na capital, o Governo do Estado tem trabalhado em conjunto com a prefeitura de Salvador no sentido de que haja a melhor solução para o tráfego de veículos leves, pois, necessariamente, o fluxo de veículos pesados já estará segregado dentro da Via Expressa. Deste modo, não haverá transtornos para o trânsito da capital, visto que esta via liga o porto de Salvador com a BR-324.
No que se refere ao investimento em estudos técnicos e na contratação de consultores, as melhores práticas na elaboração de projetos apontam que a fase de planejamento é fundamental. Além disso, todos os custos serão integralmente reembolsados ao Estado pelo vencedor da licitação do projeto, que será realizado no primeiro trimestre de 2014.
2) (...) o projeto do governo apresenta inúmeras incongruências: está na rota dos quatro portos do entorno da Baía de Todos os Santos e prevê horários de abertura da ponte para a passagem de navios, paralisando o fluxo de veículos em cima dela. É um meio que não tem outra saída. Quando a ponte fechar para a passagem de plataformas ou navios, como previsto no projeto, vai engarrafar e as pessoas não terão por onde sair.
A Secretaria do Planejamento da Bahia (Seplan) esclarece que os estudos preliminares apontam que 99,9% dos navios de carga e passageiros passam pelo vão central. Estima-se que a largura esteja entre 600 e 750 metros e de altura tenha 70 metros, o equivalente a um edifício de 20 andares. Não haveria problemas de navegação, por exemplo, para uma das maiores embarcações do mundo, como o porta-aviões da série Nimitz, com aproximadamente 63 metros de altura e 77 metros de largura.
Por outro lado, ainda está em estudo a possibilidade da ponte Salvador-Ilha de Itaparica ter um trecho móvel. Caso esta seja a melhor solução, a passagem eventual de plataformas e sondas de perfuração que excedam os 70 metros de altura, serão em horários de menor fluxo (madrugada) e certamente não excederá duas vezes ao ano. Além disso, similar as medidas de segurança implantadas em todas as pontes móveis do mundo, não será permitido que haja veículos na ponte.
TribunadaBahia
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