Saída de eólicas traria perdas para estado e a região Nordeste
A decisão do governo de retirar a fonte eólica do próximo leilão A-5, marcado para o dia 29 de agosto, não agradou o estado da Bahia. O secretário estadual de Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, protocolou pedido no último dia 28 de maio ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para que a fonte seja incluída no certame. Alegando que a decisão de excluir os projetos eólicos é controversa, o ofício enumera os benefícios que a energia eólica trouxe para a matriz energética brasileira. O estado possui um grande potencial eólico e uma cadeia industrial instalada. O pedido chegou ao ministério na última segunda-feira, 4 de junho.
No pedido, também encaminhado para todos os membros do Conselho Nacional de Política Energética, o secretário alega que os projetos eólicos tem apresentado altos índices de fator de capacidade e desempenham a função de economizar a água dos reservatórios, agindo em complementaridade com a fonte hídrica. A decisão de apenas tornar aptos para o leilão de reserva e A-3 eólicas com conexão já assegurada também é criticada pelo secretário, que lembra que o desenvolvimento da geração pautou a expansão da transmissão e que a preferência em usar os mesmos traçados em busca de custos menores fez com que a capilaridade do sistema ficasse reduzida, principalmente no Nordeste.
As metas estipuladas para a participação da fonte no sistema também correm riscos, já que sem projetos no leilão no A-5, o incremento da fonte é dificultado. O Brasil ocupava em 2011 a 20ª posição entre os países com maior capacidade e em 2013 a expectativa é que alcance a décima posição.
Outro fator que fez o estado ligar o alerta para a restrição a usinas eólicas no leilão é o parque industrial que o estado abriga. As fabricantes de aerogeradores Gamesa, Alstom e Acciona tem unidades no estado. A Torrebras, fabricante de torres, no mês passado inaugurou unidade em Camaçari. Sem eólicas, diminuiria a encomenda por turbinas e a atividade industrial no estado.
O governo não está sozinho na empreitada. A Associação Brasileira de Energia Eólica também tenta mudar a decisão do MME. Na última quinta-feira, 5 de junho, o deputado federal Josias Gomes (PT-BA) fez discurso no plenário sobre o tema. Pedindo que o ministro Lobão reveja a posição tomada, ele ressaltou que não só a Bahia, mas outros estados da região como Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Piauí e Pernambuco serão penalizados. "Impedir que estes projetos [eólicos] disputem os leilões é optar por não permitir o avanço econômico do Nordeste, já que não há rios ou outros combustíveis fósseis espalhados pela região na quantidade e qualidade necessária como há no sol e ventos nordestinos", explicou.
Ele também lembrou os cerca de 10 mil postos de trabalho gerados pelas usinas eólicas durante a sua fase de construção e operação, além da renda de R$ 6 mil por ano em média que os proprietários das terras recebem por cada torre instalada nas suas terras, o que impede o êxodo rural.
No pedido, também encaminhado para todos os membros do Conselho Nacional de Política Energética, o secretário alega que os projetos eólicos tem apresentado altos índices de fator de capacidade e desempenham a função de economizar a água dos reservatórios, agindo em complementaridade com a fonte hídrica. A decisão de apenas tornar aptos para o leilão de reserva e A-3 eólicas com conexão já assegurada também é criticada pelo secretário, que lembra que o desenvolvimento da geração pautou a expansão da transmissão e que a preferência em usar os mesmos traçados em busca de custos menores fez com que a capilaridade do sistema ficasse reduzida, principalmente no Nordeste.
As metas estipuladas para a participação da fonte no sistema também correm riscos, já que sem projetos no leilão no A-5, o incremento da fonte é dificultado. O Brasil ocupava em 2011 a 20ª posição entre os países com maior capacidade e em 2013 a expectativa é que alcance a décima posição.
Outro fator que fez o estado ligar o alerta para a restrição a usinas eólicas no leilão é o parque industrial que o estado abriga. As fabricantes de aerogeradores Gamesa, Alstom e Acciona tem unidades no estado. A Torrebras, fabricante de torres, no mês passado inaugurou unidade em Camaçari. Sem eólicas, diminuiria a encomenda por turbinas e a atividade industrial no estado.
O governo não está sozinho na empreitada. A Associação Brasileira de Energia Eólica também tenta mudar a decisão do MME. Na última quinta-feira, 5 de junho, o deputado federal Josias Gomes (PT-BA) fez discurso no plenário sobre o tema. Pedindo que o ministro Lobão reveja a posição tomada, ele ressaltou que não só a Bahia, mas outros estados da região como Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Piauí e Pernambuco serão penalizados. "Impedir que estes projetos [eólicos] disputem os leilões é optar por não permitir o avanço econômico do Nordeste, já que não há rios ou outros combustíveis fósseis espalhados pela região na quantidade e qualidade necessária como há no sol e ventos nordestinos", explicou.
Ele também lembrou os cerca de 10 mil postos de trabalho gerados pelas usinas eólicas durante a sua fase de construção e operação, além da renda de R$ 6 mil por ano em média que os proprietários das terras recebem por cada torre instalada nas suas terras, o que impede o êxodo rural.
Fonte: Canal Energia
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