domingo, 2 de setembro de 2012

Comentando sobre a Bahia

Economia

PIB baiano cresce mais que o nacional
porAlessandra Nascimento  - Tribuna da Bajia

O PIB baiano cresceu 2,6% no segundo trimestre deste ano e pelo menos 3,6% no semestre, quando comparado com igual período do ano anterior.
As informações foram anunciadas durante uma coletiva na Secretaria do Planejamento.

Os dados otimistas reforçam a expectativa de a Bahia encerrar o ano com crescimento do PIB em 3,7% e o Brasil em 1,7%, segundo anunciado pelo diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, que mencionou que no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,5% e no semestre, 0,6%.

Ele ressaltou que a alta baiana é determinada pelo crescimento no setor de serviços. “Cito em especial o comércio varejista e a administração pública, que registrou alta de 2%. Na comparação com o primeiro trimestre de 2012, quando são eliminadas as influências sazonais, o PIB baiano cresceu 0,4%”.

Reis também defendeu o chamado descolamento da economia baiana quando comparada com os dados nacionais. “Fortalece a ideia de um descolamento em relação à atividade econômica nacional, dando consistência à projeção da SEI de uma taxa de crescimento anual de 3,7%, que deverá ficar também acima da taxa de crescimento anual da economia brasileira”, acrescenta.

Ele menciona que a tendência ao descolamento deverá ocorrer também nas outras principais economias do Nordeste. Reis citou o segmento do comércio como grande impulsionador do crescimento.

“O comércio é o grande destaque com expansão de 7,9%. O setor de serviços foi, mais uma vez, o determinante para a taxa final do PIB baiano, seja pela sua importância – 63% da economia baiana são serviços –, seja pela expansão verificada no trimestre (4,5%). No ano, o setor de serviços acumulou expansão de 4,7%. Maior destaque no comércio varejista, com crescimento de 7,9% no trimestre e 7,2% no ano”, pontua.

A agropecuária contribuiu negativamente em função dos efeitos da seca.“Na safra de grãos o destaque vai para o algodão, com crescimento de 1,6% e milho com 5,3%. A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do Brasil. Entretanto vale ressaltar a retração na cultura do feijão em 41,8% e cacau, em 10%. Outra cultura que registrou queda foi a de soja, com menos 1,9%. A queda na lavoura do estado será da ordem de 1,2% em função das intempéries climáticas”, pontua.



Construção Civil e comércio puxam a economia



Geraldo Reis sinalizou o saldo de 30 mil empregos de acordo com dados do Caged. “O setor de serviços gerou saldo de 10 mil empregos, agropecuária mais 9 mil, construção civil 5 mil e indústria de transformação 3,6 mil”.



Reis apontou que no segundo trimestre deste ano, a indústria baiana registrou expansão de 0,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Ele disse na coletiva que o baixo desempenho industrial baiano foi determinado pela dinâmica negativa do setor de transformação.
 No ano, o PIB industrial baiano acumula alta de 4%. A construção civil cresceu 4,4% no período e a construção civil baiana registra expansão de 8,1%.

O secretário de planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, presente a coletiva chamou atenção para alguns pontos. “Os dados apresentados hoje são até junho. Recebemos informações que os de julho e agosto são igualmente otimistas.
O comércio exterior fechou o segundo trimestre com US$ 5,1 bilhões com alta de 4,7% quando comparado ao ano anterior.
As exportações são US$ 5,1 bilhões e importações US$ 3,9 bi e saldo de US$ 1,2 bi

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